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Rondônia não merece tanta esculhambação

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ColunistaValdemir Caldas

Reprovável, sob todos os aspectos, o comportamento de certos políticos rondonienses diante da calamitosa situação pela qual atravessa o Estado, exigindo, portanto, o repúdio da sociedade, principalmente quando se sabe que estão agindo movidos por interesses puramente eleitoreiros, que nada dizem com as reais necessidades do povo.

 

Em vez de procurarem ajudar o governo no esforço de apontar caminhos para superar os problemas sociais, esses péssimos representantes do povo, em má hora levados ao parlamento, vivem se articulando para dificultar-lhe os passos, esquecendo-se dos compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, dentre eles, o de lutar pelo bem-estar da população.

 

Tal conduta está em oposição ao espírito e à própria essência do regime democrático. A atual conjuntura, orquestrada e executada por políticos que só pensam nos seus próprios e mesquinhos interesses, requer, imperativamente, mudança completa. É preciso afastar do cenário político aqueles que não quiseram ou não souberam corresponder aos anseios da coletividade.

 

O mandato político não é objeto de uso pessoal, capaz de se amoldar aos caprichos e devaneios de quem quer que seja, mas diz respeito à defesa das instituições, do bem-estar social, de tudo, enfim, que representa a vida do povo, da qual o político tem que agir como vigilante incansável, sempre atento para rechaçar qualquer ameaça, venha de onde vier, parta de onde partir.

 

Mandato político rima com respeito a princípios espirituais e morais, uma verdadeira obrigação da cidadania, completamente diferente de qualquer outra forma de atividade social. Infelizmente, muitos o tem transformado numa fonte inesgotável de poder e vantagens pessoais. O parlamentar pode até não simpatizar com o chefe do executivo, mas não tem o direito de tentar impedir que o governo execute seus planos e projetos, por mero egoísmo ou desejo de querer levar vantagem.

 

Uma conhecida autoridade rondoniense teria dito que o povo precisava orar pela classe política. Deus mandou orar pelas autoridades, mas elas também precisam temer ao Senhor e agir com sabedoria, justiça e responsabilidade no trato dos negócios públicos, procurando, acima de tudo, zelar pelos interesses da sociedade, e não usar o mandato conquistado nas urnas como trampolim à satisfação de privilégios imorais, pois quando o justo governa o povo prospera. O contrário disso é miséria, fome, corrupção, violência, dentre outras mazelas sociais. Rondônia não merece tanta esculhambação.


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