Malhando em ferro frio
Não é de hoje que a coluna aborda a onda de violência que assola a cidade de Porto Velho, mas vejo que tenho malhado em ferro frio, pois a cada dia crescem os assassinatos, assaltos, roubos e arrombamentos praticados contra pessoas e residências, enquanto minguam as ações preventivas e coercitivas.
Duas coisas, porém, estão evidentes: a perfeita procedência dos clamores sociais da qual a coluna considera-se porta-voz e a necessidade de a autoridade pública encontrar meios para controlar o mal, já que erradicá-lo é tarefa impossível à capacidade humana.
Longe de mim, contudo, pretender apontar o dedo na direção de eventuais culpados oficiais pelo estado de coisas, mas os responsáveis pela segurança pública deste Estado precisam tomar providências, para colocar um basta no clima de violência que intranquiliza a todos.
A população foi entregue de mãos e pés atados à ação insana de pessoas que, abroqueladas na impunidade reinante, não pensam duas vezes em agredir ou tirar a vida de seus semelhantes. É assustador a maneira como algumas delas investem contra a vida de outrem e a frieza com que se comportam diante das câmeras de televisão quando são perguntadas sobre o assunto.
Muitas são as causas da violência. Há, inclusive, quem encontre estreita relação entre miséria e marginalidade. Não quero, portanto, entrar no campo sociológico. Deixo isso para os especialistas, mas, como cidadão, exijo das instâncias institucionalmente constituídas, que se mobilizem para garantir a tranquilidade social.
É preciso garantir a segurança pública a qualquer custo, até como meio de manter os indivíduos em condições de entregarem-se às atividades produtivas. O contrário disso seria estimular o crescimento nos índices de violência e impedir que os cidadãos possam trabalhar em proveito do conjunto social.
O cidadão que reclama é o mesmo contribuinte que paga um sem-número de impostos, taxas e contribuições para manter o funcionamento das instituições governamentais, as quais cabem restaurar a paz, há muito perdida, por meio de ações preventivas e ostensivas contra as manifestações criminosas que, diariamente, vêm enlutando dezenas e dezenas de lares porto-velhenses.
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