Desigualdade Social no Brasil.



A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população brasileira, embora nos últimos anos ela tem aparentemente diminuído. Podemos dizer essa “criança-problema” nasceu e convive com o país e seu povo, desde que Dom João VI desceu na Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro, deixou seu filho e depois seu neto, o Dom Pedro II, mais adiante com os militares da primeira e segunda republica e que ainda está no meio de nós após a maravilhosa CF de 1.988.

É na verdade não mais uma criança problema, mas um adulto problemático que as autoridades politicas e o segmentos empresarial nacional pouco compreende e auxilia. Seguramente porque a divisão da pirâmide social no Brasil está erroneamente montada desde 1.500. São ideais de escravidão, competição, disputas regionais, negligência permanente com valores morais, patrimonialismo, elitização do Estado e corrupção endêmica; onde qualquer que seja o nível de prosperidade e arrecadação, a divisão efetiva dos resultados continua (desde sempre) concentrada nas mãos e também nos bolsos de apenas 3.00 % (três porcento) das famílias.

As regiões mais afetadas pelos problemas sociais são o Norte e o Nordeste do país, os quais apresentam os piores IDH's (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

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Resultados comparativos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em dois momentos da história recente nos períodos de 2011 – 2014 e também de 2020 a 2022 apontam a diminuição da pobreza e, consequentemente, da desigualdade social. Mas em níveis sensíveis, dado também ao crescimento populacional registrado nessas duas décadas.

Por exemplo, a BBC divulgou em junho do ano passado (2022) que A desigualdade de renda do trabalho entre ricos e pobres no Brasil diminuiu no primeiro trimestre de 2022, em relação ao trimestre imediatamente anterior e também a igual período de 2021, dados informados (10/6/22) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Mas o que à primeira vista parece uma boa notícia é resultado na verdade de um cenário bastante negativo: tanto os ricos quanto os pobres viram sua renda do trabalho diminuir no período, em relação ao primeiro trimestre de 2021.

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Registros nas mídias no começo do ano de 2.019 diziam que o desemprego havia dado uma trégua no Brasil e que fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três anos.

Em 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual em relação à de 2017 (12,7%). Essa queda, no entanto, não ocorreu porque foram criadas mais vagas com carteira assinada, mas porque um número recorde de pessoas recorreu ao trabalho informal. 

Ainda no campo comparativo, o início desse exercício de 2.023 os registros nos meios de comunicação nacional dão a seguinte matéria (R7):Taxa de desemprego abre 2023 em 8,4%, o menor nível em oito anos Com a estabilidade, 9 milhões ainda buscavam por uma colocação no mercado de trabalho em janeiro, mostra IBGE.

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Ainda no campo da simples de levar informação: A atual taxa de desemprego no mundo é de 5,42%, valor semelhante aos de 2018 e 2019. Os dados foram atualizados pelo Banco Mundial em junho de 2020.

Embora o Brasil esteja entre os dez países com o PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo.

Segundo relatório da ONU (2010) e também de (2020) as principais causas da desigualdade social continuam a ser: Falta de acesso à educação de qualidade; política fiscal injusta; Baixos salários; Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico.

Finalizando, podemos dizer ou compreender que nessas duas ultimas décadas, apesar de o Brasil ter bom desempenho econômico, registrar recordes de produção agropecuária, manter posição sempre entre a sétima até a decima posição entre os países mais “ricos”, sua distribuição de renda, o valor da sua moeda nacional, os seus índices de inflação, sua divisão social, seus índices nacionais de saúde, segurança, saneamento, qualidade de vida, habitação e equidade entre suas diversas regiões geográficas é assombrosamente surreal.

Por mais que as disputas ideológicas e políticas pelo poder centralizador de recursos em Brasília DF, poder de Estado; e as disputas econômicas e também de poder político nas principais unidades da federação como por exemplo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, (...) o chamado poder econômico, enquanto a sociedade civil organizada, o terceiro setor não acordar para sua responsabilidade em mover conceitos éticos, morais e certamente conservadores e progressistas com mais solidariedade e justiça real entrar nas agendas ditas democráticas e representativas, continuaremos a conviver com a estranheza de termos 63 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza.

Francisco Aroldo

Economista em Rondônia

Conselheiro no CORECON-RO

 



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