A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Curimã II, com o objetivo de combater a extração ilegal de ouro em áreas da Amazônia. A ação ocorre em continuidade às investigações que identificaram a exploração clandestina de minérios em regiões de preservação ambiental e terras públicas, prática que gera graves impactos sociais, econômicos e ambientais.
Alvos da operação
Segundo a PF, os investigados atuavam na retirada e comercialização ilícita de ouro, utilizando estruturas de garimpo sem qualquer autorização dos órgãos competentes. Há indícios de que o esquema envolvia:
- Lavagem de capitais, com uso de “laranjas” e empresas de fachada;
- Crimes ambientais, como desmatamento e contaminação de rios por mercúrio;
- Associação criminosa, para manutenção da atividade ilegal.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de suspeitos, além do bloqueio judicial de bens e valores para reparar os danos causados ao erário e ao meio ambiente.
Impactos da extração ilegal
A PF reforça que a atividade clandestina de garimpo provoca sérias consequências:
- Degradação ambiental, com devastação de áreas de floresta;
- Poluição de cursos d’água, devido ao uso indiscriminado de mercúrio;
- Exploração social, com uso de mão de obra em condições precárias;
- Prejuízo econômico, com evasão fiscal e escoamento de riqueza nacional para atividades ilícitas.
Cooperação institucional
A Operação Curimã II contou com o apoio de órgãos ambientais e do Ministério Público Federal (MPF), garantindo uma atuação integrada tanto no campo criminal quanto na esfera administrativa.
“A extração ilegal de ouro não é apenas um crime contra o patrimônio da União, mas uma agressão direta ao meio ambiente e às comunidades tradicionais que dependem dele para sobreviver”, destacou a PF em nota.
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Próximos passos
Os investigados poderão responder por crimes previstos no Código Penal e em legislações ambientais, incluindo:
- Usurpação de bens da União;
- Crimes contra a flora e recursos hídricos;
- Organização criminosa;
- Lavagem de dinheiro.
Se condenados, podem pegar penas que, somadas, ultrapassam 20 anos de prisão, além de multas milionárias.
Conclusão
A Operação Curimã II reforça o compromisso da Polícia Federal em coibir o garimpo ilegal e proteger a Amazônia. A atuação busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também preservar os recursos naturais, a saúde da população e a soberania nacional sobre as riquezas minerais.
Fonte: noticiastudoaqui.com