Caçadora, solitária, robusta e com mordida poderosa: a onça-pintada é o maior felino das Américas. O animal, de pelagem amarelo-dourada com pintas pretas e roseadas, pode pesar até 130 kg. Mas, apesar de, à primeira vista, ser um animal assustador, a onça-pintada não é considerada perigosa para seres humanos em geral.
Ataques à humanos são raros e geralmente acontecem em situações específicas, como por exemplo quando a onça se sente ameaçada ou quando defende seus filhotes de uma presa.
O assunto voltou a chamar a atenção recentemente em função da morte do caseiro Jorge Avalo, em Aquidauana (MS), no Pantanal. Ele foi atacado por uma onça e o caso segue em investigação.
Em 2022, o biólogo Rogério Fonseca explicou no programa Amazônia Animal, do canal Amazon Sat, sobre o que fazer quando se encontra uma onça-pintada nas florestas amazônicas.
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Na época, o biólogo informou que nos últimos 70 anos (até 2022), o número de ataques de onças a humanos não havia passado de 60.
Relembre alguns casos de ataques de onças na região:
Em novembro de 2023, uma onça preta atacou um pescador no município de Porto de Moz, região Sudoeste do Pará. O morador da comunidade do Acari estava com outros pescadores e cães se dirigindo à um rio para pescar.
De acordo com relatos divulgados pela imprensa na época, os cachorros perceberam a presença do felino e tentaram afastar a onça. Acuada, ela seguiu em direção a um trapiche. O homem que foi ferido pelo animal teria ido na mesma direção, por isso o ataque ocorreu.
Outro pescador que estava no grupo atirou na onça, que continuou o ataque até ser atingida por um um facão. A onça não sobreviveu aos ferimentos e o homem foi levado de canoa até o hospital em Porto de Moz com ferimentos nos dois braços e no rosto. Esse foi o primeiro registro nessa região de ataque do felino.
O indígena Erivaldo Moriman, da aldeia Matrinxã, sobreviveu a um ataque de onça no município de Nova Bandeirantes, no Mato Grosso, estado pertencente à Amazônia Legal.
De acordo com o indígena, em entrevistas na época, ele saiu para acampar com seus dois sobrinhos (um de 15 anos e outro de 18 anos). Em determinado momento se afastou para andar sozinho nas margens do rio Juruena e, quando retornou, viu uma onça-pintada prestes a atacar os adolescentes.
Erivaldo chamou a atenção do animal para o afastar dos jovens, mas o animal o atacou, mordendo sua cabeça. Por estar em uma área isolada, foi necessária uma viagem de duas horas de barco até o indígena chegar em uma pista de avião particular de uma pousada.
Após receber os primeiros socorros, seguiu viagem até o município de Alta Floresta, a 400 quilômetros do local do acidente. Erivaldo chegou a receber mais de 150 pontos na cabeça.
3. Carauari (AM) – 2015
Foto: Reprodução/G1 Amazonas
A 787 quilômetros de Manaus, no município de Carauari, uma bebê de 1 ano e 9 meses foi atacada em novembro de 2015. O Grupo Rede Amazônica noticiou, à época, que a menina brincava na margem de um rio quando a onça se aproximou e deu uma patada nela.
A mãe, ao tentar defendê-la, foi mordida. Já o pai, ao presenciar a situação, atirou no animal.
O ataque gerou perfurações no crânio da criança, que foi encaminhada para a capital amazonense e atendida no Hospital e Pronto Socorro da Criança Joãozinho.
Sobrevivência
A Agência Brasil publicou, em 2023, estratégias que ajudam a diminuir conflitos entre fazendeiros e onças na região do Pantanal, como o uso de repelentes luminosos.
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