Redação, 17.jun.2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Calgary, no Canadá, na noite desta segunda-feira (16), para participar da cúpula do G7, marcada por tensões geopolíticas e pela ausência de um aguardado encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que deixou o evento antes da chegada do brasileiro.
Na chegada, Lula afirmou estar “seriamente preocupado” com a escalada do conflito entre Israel e Irã, que nas últimas horas ganhou novos capítulos após o ataque israelense que matou um general iraniano em Teerã e a posterior retaliação com mísseis lançados contra o território israelense. O presidente brasileiro afirmou que pretende abordar o tema em seu discurso na sessão ampliada do G7 nesta terça-feira (17), ao lado de outros líderes convidados.
“Um conflito dessa magnitude preocupa a todos. O mundo já enfrenta múltiplas crises, e mais uma guerra pode agravar a instabilidade global. É preciso responsabilidade das lideranças”, declarou Lula a jornalistas.
Esta seria a primeira oportunidade de um encontro presencial entre Lula e Donald Trump desde que o republicano reassumiu a Presidência dos EUA em janeiro de 2025, após vencer a eleição de 2024. No entanto, Trump deixou o evento antecipadamente, alegando questões de “agenda doméstica urgente”, o que frustrou a diplomacia brasileira e adiou a possibilidade de um diálogo direto entre os dois chefes de Estado.
A ausência de Trump no encontro com Lula ocorre em meio a divergências diplomáticas latentes. O governo brasileiro tem adotado uma postura crítica em relação à política externa americana, especialmente nas abordagens sobre o Oriente Médio e mudanças climáticas. Fontes do Itamaraty admitem que há uma relação ainda “fria e pragmática” entre os dois países.
Lula também aproveitou a chegada ao Canadá para criticar, mais uma vez, o formato do G7, que reúne as sete maiores economias industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Segundo ele, blocos como o G20 — presidido atualmente pelo Brasil — têm mais representatividade e relevância no cenário atual.
“O G7 pode ter tido um papel histórico, mas hoje, com o G20 funcionando, talvez nem devesse mais existir. O mundo mudou e exige fóruns mais inclusivos”, disse o presidente.
Além do discurso previsto para esta terça, Lula deve participar de reuniões bilaterais com líderes europeus e asiáticos, incluindo o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau. A comitiva brasileira também pretende destacar a pauta ambiental, em especial o compromisso com a transição energética e o combate ao desmatamento na Amazônia, em linha com a agenda do G20.
O presidente retorna ao Brasil ainda nesta semana, com foco na organização da próxima cúpula do G20, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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