LÍNGUA DE FOGO – O carneiro manso e o tigre ousado

Se a rocha de Marcos Rocha era arenito ou granito, nós iríamos descobrir ao final do seu primeiro mandato de governador de Rondônia, pontuei num desses artigos logo no início do seu governo, pelo o absoluto desconhecimento da têmpera de um coronel que havia sido Secretário de Estado da Justiça, e de quem o próprio governo que o nomeou, fazia troça de sua candidatura na onda avassaladora da eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da República.

Bom, o homem se reelegeu, está a caminho de encerrar um ciclo de 8 anos de governo, e só agora enfrenta, de verdade, sua primeira tempestade. E, antes mesmo de desembarcar fugindo das bombas que caiam em Israel, já cortou as asas do vice-governador ao obter a aprovação, no parlamento estadual, de uma lei que permitirá, da próxima vez, que governe o estado de qualquer lugar do mundo onde estiver.

O sistema online de trabalhar veio para ficar.

E agora, ele dá show de esperteza e tranquilidade. Não passa recibo de crises no governo. Aprendeu a arte de falar sem dizer nada. Tanto que está passando a perna em experientes jornalistas da televisão e do rádio, que ficam uma hora de lorota sem arrancar nada do que fato interessa para a sociedade rondoniense.

No máximo, uma informação que não é novidade nenhuma: uma arrumação na equipe de governo, que já havia começado, e agora concluirá alinhando os novos e velhos assessores rumo ao sonho de virar senador em 2026.

O perigo é o incêndio interno e a potencialização do nepotismo no seu governo, que ainda é crime, e pode suscitar uma inelegibilidade. Aqui, a prudência demonstrada, perde espaço para a imprudência, que é má companheira.

Por outro, temos, no Prédio do Relógio, o exemplo de um político ousado que logrou êxito sem o apoio de nenhum dos 23 vereadores eleitos para o parlamento municipal, e logo em seguida os seduziu e obteve até autorização para tomar dinheiro emprestado para fazer o que prometeu na campanha.

O prefeito Léo Moraes, ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-deputado federal, exibe habilidade e ousadia, numa carreira política meteórica, amplificando a genética da família, com a mesma velocidade das redes sociais, que adora.

Mas nesse momento, está saindo do ambiente de paz com a Câmara Municipal, para o conflito com vereadores, se ampliando com o protagonismo dos seus próprios secretários de governo. E isso não é bom.

Em curto tempo, Léo já teve que trocar secretário, por conduta imprópria, abriu frente de intriga com setores da imprensa, e como se não bastasse, está com o Tribunal de Contas no seu calcanhar.

E isso, a tal ponto, que a Corte de Contas alardeia haver evitado prejuízo de mais de R$ 60 milhões à sociedade portovelhense. A tradução disso, todo mundo sabe.

Tudo isso em menos de seis meses de governo. Ousadia de tigre ao enfrentar leões, nunca acabou bem. Léo precisa conversar e aprender com Marcos Rocha, que é seu parceiro. Afinal, o caminho é longo e só está começando.

É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje, em pequenos vídeos, sobre os fatos acima. Digite, no seu celular, noticiastudoaqui.com para ver tudo e muito mais.

Fonte: Noticiastudoaqui


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