Redação, 17 de junho de 2025, 19h23 - O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), autorizou nesta terça-feira (17) a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, desta vez com foco no combate às organizações criminosas em atividade no Brasil.
O requerimento, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), recebeu o apoio de 31 senadores, número suficiente para a instalação da CPI. Com a leitura do pedido em plenário, abre-se agora o prazo para que os líderes partidários indiquem os membros que irão compor o colegiado.
Segundo o texto do requerimento, a comissão irá investigar a atuação, expansão e funcionamento das principais organizações criminosas no território nacional — entre elas, facções do tráfico de drogas, milícias e grupos armados organizados, com foco em sua presença dentro e fora do sistema penitenciário, bem como seu poder sobre comunidades, instituições públicas e economia informal.
“O crime organizado se estruturou como um grande negócio ilícito, com atuação dentro e fora dos presídios, ampliando sua influência sobre comunidades inteiras e até sobre agentes públicos”, justificou Alessandro Vieira. “O Senado tem a responsabilidade de investigar e propor soluções concretas para impedir esse avanço.”
A CPI deve apurar como essas organizações se organizam, recrutam, financiam e operam, além de levantar informações sobre a cumplicidade ou omissão de autoridades públicas. A comissão também deverá mapear a atuação regionalizada das facções, identificando os locais onde elas estão mais inseridas e de que forma se articulam nacionalmente.
Especialistas alertam para o crescimento da influência política e econômica do crime organizado, com indícios de lavagem de dinheiro, manipulação de licitações públicas e ameaças a agentes estatais em diversas partes do país.
O requerimento foi originalmente protocolado em fevereiro de 2025, mas enfrentava resistência de parte dos parlamentares. Com a crescente pressão popular e o agravamento dos índices de violência em diversos estados — especialmente no Norte e no Sudeste —, a proposta ganhou força.
A expectativa é que a CPI seja formalmente instalada após o recesso legislativo de julho, com a eleição de presidente e relator, além da definição do cronograma de trabalhos.
A criação da CPI é vista como resposta institucional ao avanço do crime organizado e deve gerar novos embates políticos entre o Congresso, o Executivo e os governos estaduais. Acompanhe no Metrópoles todas as atualizações da comissão e os desdobramentos da investigação.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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