Redação, 17/06/2025, Atualizado às 19h - RONDÔNIA — O senador e ex-governador Confúcio Moura voltou a causar repercussão após reafirmar, em entrevista ao programa SIC NEWS, da SICTV/Rondônia, que todas as pessoas que ocupam áreas dentro das 11 reservas ambientais criadas no final de seu governo deverão ser removidas. Entre elas está a polêmica região conhecida como “Soldado da Borracha”, onde dezenas de famílias vivem e produzem há anos.
“Faria tudo de novo!”, declarou Confúcio ao jornalista Everton Leoni, ao ser questionado sobre a criação das áreas de preservação. Ao falar especificamente do “Soldado da Borracha”, o senador foi categórico:
“Ali é um Parque Ecológico. A área foi dada aos seringueiros velhos para manter a floresta em pé, tirar a madeira e fazer o reflorestamento. Os caras foram lá, meteram trator e derrubaram tudo.”
Ainda segundo o ex-governador, a regularização fundiária nessas áreas não é viável:
“Não tem solução. Quem está dentro das reservas tem que sair!”
As declarações de Confúcio acirraram os ânimos no estado. O senador, que venceu 8 das 10 eleições que disputou ao longo da carreira, enfrenta agora forte rejeição entre produtores rurais e comunidades tradicionais, especialmente entre as milhares de famílias ligadas ao agronegócio, que temem perder suas terras e investimentos.
A resposta política já começou. O governador Marcos Rocha, por meio de vídeo gravado ainda em Israel, prometeu que, ao retornar a Rondônia, dará atenção imediata à situação das famílias do “Soldado da Borracha”.
A Assembleia Legislativa de Rondônia também entrou em cena com duas ações importantes:
Apesar das movimentações, especialistas jurídicos apontam que a revogação das reservas ambientais é improvável, especialmente sob a atual política ambiental do governo federal. Com a ministra Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente, e forte apoio de ONGs internacionais, a tendência é de priorização da conservação ambiental, mesmo diante de conflitos sociais locais.
A crise envolvendo as reservas ambientais de Rondônia expõe um embate cada vez mais acirrado entre proteção ambiental e direito à terra. Famílias que vivem há décadas nas regiões afetadas alegam abandono do Estado e defendem seu direito de permanecer. Ambientalistas, por outro lado, apontam para o desmatamento ilegal e a urgência da preservação da floresta amazônica.
Enquanto isso, cresce a expectativa em torno da atuação do Judiciário e do governo federal, que terá de mediar um dos maiores conflitos fundiários da história recente de Rondônia.
O futuro das famílias nas áreas protegidas segue indefinido — mas as declarações de Confúcio Moura colocam mais lenha na fogueira de uma crise que está longe do fim.
Fonte:noticiastudoaqui.com
Com informações de opiniãodeprimeira
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