GOVERNO LADRÃO EM AÇÃO - Prejuízo dos Correios triplica e alcança R$ 4,3 bilhões no 1º semestre

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Estatal registra queda de receitas e aumento de despesas; presidente entregou carta de demissão em julho, mas continua no cargo

A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) divulgou, nesta sexta-feira (5) à noite, um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre.

O resultado negativo mais do que triplicou na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o balanço dos Correios havia ficado em R$ 1,3 bilhão no vermelho.

A estatal é presidida pelo advogado Fabiano Silva, articulador do Grupo Prerrogativas, que entregou uma carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com sua renúncia ao cargo.

A carta foi levada ao Palácio do Planalto no início de julho, mas o executivo ainda é mantido à frente dos Correios. Antes do anúncio de desembarque do governo, o União Brasil reivindicava mais espaço na companhia postal.

A empresa tem enfrentado queda de receitas, mas suas despesas também continuam subindo e críticos da atual gestão afirmam que ela é lenta em fazer os ajustes necessários.

Recentemente foi anunciado um plano para vender imóveis e abrir um programa de demissões voluntárias, bem como o lançamento de um marketplace com a Infracommerce, mas as medidas são frequentemente vistas como insuficientes para virar o jogo e colocar os Correios no azul novamente.

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Entre janeiro e junho, o prejuízo aumentou de R$ 1,356 bilhão em 2024 para R$ 4,369 bilhões em 2025.

Contando apenas o primeiro semestre, a receita líquida de vendas e serviços caiu de R$ 9,283 bilhões no ano passado para R$ 8,185 bilhões neste ano.

"Apesar das medidas estratégicas, os Correios enfrentam restrições financeiras [...] decorrentes de fatores conjunturais externos que impactaram diretamente a geração de receitas", diz a estatal em suas demonstrações contábeis.

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"Entre os principais motivos, destaca-se a retração significativa do segmento internacional, em razão de alterações regulatórias relevantes nas compras de produtos importados, que provocaram a queda do volume de postagens e o aumento da concorrência, resultando na redução dasreceitas vinculadas a esse segmento", acrescenta.

As despesas gerais e administrativas subiram de R$ 1,959 bilhão em 2024 para R$ 3,414 bilhões em 2024 - novamente levando em conta sempre os números do primeiro semestre de cada ano.

"Nesse contexto, os Correios implementaram um plano de recuperação que contempla um conjunto de iniciativas de eficiência. Para monitorar e coordenar essas ações, foi instituído o Comitê Executivo de Contingência, formado pelo corpo diretivo da empresa, com a atribuição de estabelecer diretrizes e supervisionar medidas voltadas a restabelecer o equilíbrio da liquidez imediata e implementar um programa abrangente de reequilíbrio econômico", afirma a estatal.

"As ações priorizam o incremento de receitas, por meio da diversificação de serviços e da expansão da atuação comercial, bem como a otimização e racionalização das despesas e a reduçãode custos operacionais, preservando a universalização dos serviços e assegurando ganhos de produtividade e sustentabilidade financeira."

Os Correios também destacam a tentativa de obter financiamento de R$ 4 bilhões junto ao NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), também conhecido como Banco dos Brics.

O empréstimo já foi autorizado pela Cofiex (Comissão de Financiamento Externo) e prevê 240 meses de prazo, com 60 meses de carência.

"[O financiamento] viabilizará o financiamento de projetosvoltados à descarbonização com a transição para alternativas de energia renovável; otimização das operações logísticas por meio damodernização de instalações, automação de processos e construção de novos centros logísticos; transformação digital com a adoção de inteligência artificial, automação avançada e digitalização; e capacitação institucional e gestão de projetos", argumenta a companhia postal.

(CNN Brasil)




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