Redação, 22 de junho de 2025 – O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu neste domingo (22) um novo alerta a cidadãos americanos que ainda permanecem no Irã, recomendando que estejam “preparados para se abrigar no local por longos períodos”. A advertência vem em meio à escalada das tensões entre Washington e Teerã, dias após os EUA realizarem bombardeios contra três instalações nucleares iranianas.
Segundo a nota oficial, os Estados Unidos não têm planos de oferecer assistência direta para a retirada de seus cidadãos do território iraniano, e orientam que "americanos que buscam sair devem aproveitar os meios existentes para deixar o Irã enquanto ainda for possível”.
O comunicado é categórico ao afirmar que a capacidade do governo americano de auxiliar seus nacionais é extremamente limitada, já que os EUA não possuem representação diplomática no país persa desde a Revolução Islâmica de 1979. Desde então, os interesses americanos no Irã são intermediados pela Suíça, mas em cenários de conflito aberto, essa intermediação torna-se ainda mais precária.
A nova orientação eleva o nível de alerta sobre a deterioração da segurança na região. Os bombardeios recentes realizados pelos EUA contra instalações estratégicas iranianas foram classificados por Teerã como um “ato de guerra”, aumentando o risco de retaliações e represálias contra interesses ocidentais na região.
Sem evacuação oficial
A ausência de planos para uma evacuação formal reforça a gravidade da situação e coloca os americanos que ainda estão no Irã diante de uma encruzilhada: sair imediatamente por meios próprios ou enfrentar um confinamento prolongado, com recursos limitados e sob risco crescente.
O governo dos EUA não divulgou o número exato de cidadãos americanos atualmente no Irã, mas organizações de direitos humanos têm manifestado preocupação com o bem-estar de jornalistas, trabalhadores humanitários e binacionais que vivem no país e que podem ser alvos de perseguição.
Tensão regional
A escalada entre os dois países reacende temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio, especialmente em um momento de instabilidade crescente envolvendo também outros atores da região. A comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos, enquanto diplomatas europeus tentam mediar uma contenção entre as partes.
Enquanto isso, os cidadãos americanos que permanecem no Irã encaram uma realidade incerta — sem assistência oficial para deixar o país e com a recomendação de se prepararem para uma permanência prolongada, possivelmente em condições de risco.
Fonte: noticiastudoaqui.com