Exército troca chefias de sete dos oito Comandos Militares



O Exército brasileiro promoverá mudanças nas chefias de sete dos seus oito Comandos Militares. Veja quem assume cada divisão

 

Exército Brasileiro promoverá mudanças nas chefias de sete dos seus oito Comando Militares (CMs). De acordo com informativo distribuído pela Força nesta quinta-feira (16/2) e obtido pelo Metrópoles, os CMs de Amazônia (CMA), Nordeste (CMNE), Norte (CMN), Oeste (CMO), Planalto (CMP), Sudeste (CMSE) e Sul (CMS) terão novos generais na chefia. Só o comandante do Leste, André Luis Novaes Miranda, permanece.

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A expectativa, segundo apurou a reportagem, é que as trocas sejam efetivadas em abril. Isso acontece porque os militares promovidos a general de Brigada devem passar por um curso. A data da passagem de Comando é definida mediante o acerto entre as agendas do Comandante do Exército e dos Comandantes Militares substituto e substituído.

Confira quem assume os Comandos Militares:

  • Comando Militar do Sudeste: Gen. Guido Amin Naves (gen. Rubens Paiva já havia deixado o cargo para assumir o Comando do Exército)

  • Comando Militar da Amazônia: Gen. Costa Neves (sai o gen. Furlan Neto)

  • Comando Militar do Norte: Gen. Guilherme Pinheiro (sai o gen. Costa Neves)

  • Comando Militar do Nordeste: Gen. Div. Cmb. Kleber Vasconcellos (sai o gen. Richard Nunes)

  • Comando Militar do Sul: Gen. Div. Cmb. Hertz Pires do Nascimento (sai o gen. Soares e Silva)

  • Comando Militar do Oeste: Gen. Div. Cmb. Luiz Fernando Baganha (sai o gen. David Júnior)

  • Comando Militar do Planalto: Gen. Div. Cmb. Ricardo Piai Carmona (sai o gen. Dutra de Menezes)

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Mais cedo, foi divulgada a troca do Comando Militar do Planalto. O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes será substituído pelo general Ricardo Piai Carmona, que vem da Diretoria de Educação Técnica Militar. Dutra seguirá para 5ª subchefia do Estado-Maior do Exército (EME).

A mudança chamou atenção por ocorrer em meio às investigações sobre a participação de militares nos atos terroristas do dia 8/1. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já consideram a existência de provas de crimes envolvendo militares nos protestos antidemocráticos.

A mudança, porém, também atinge generais considerados “legalistas”, como é o caso de Richard Nunes, que chefia o Comando Militar do Nordeste e já foi chamado de “melancia” por bolsonaristas. Ele deixa a unidade e seguirá para o Departamento de Ensino e Cultura do Exército (DECEX), no Rio de Janeiro.

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Desde novembro de 2022, a relação do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com os militares foi marcada por tensão. A começar pela escolha de José Múcio, civil, para chefiar o Ministério da Defesa. Após a eleição, o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), chegou a proibir militares de tratarem de assuntos de transição com o futuro governo.

As Forças Armadas chegaram a realizar uma auditoria das urnas eletrônicas, mas não identificaram qualquer indício de fraude na derrota de Bolsonaro. Após assumir o Palácio do Planalto, Lula promoveu uma “limpa” no seu gabinete, na vice-presidência e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), dispensando dezenas de militares.

Na semana passada, em mais um gesto de desconfiança com relação ao Exército, o presidente decidiu transferir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a Casa Civil. Antes, o órgão de inteligência fazia parte do GSI.

(Metropoles)



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