Redação, 23 de julho de 2025 - O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) emitiu um alerta contundente nesta quarta-feira (23), durante participação no programa Raio X da Política, do canal Fator Político BR. Conhecido por sua ligação com a categoria dos caminhoneiros, o parlamentar afirmou que o aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode levar à paralisação total do transporte de cargas no país.
Segundo Zé Trovão, o setor já enfrenta uma recessão severa, com empresas reduzindo a produção devido à queda nas exportações e à incerteza no comércio internacional. Com os EUA sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil, a medida norte-americana pode ter um efeito dominó sobre toda a cadeia logística nacional.
“Não tem como ser diferente! As empresas já estão reduzindo a produção, se não tem para quem entregar. A gente tem que lembrar que os Estados Unidos são nosso segundo maior parceiro comercial, que importou 42 bilhões de dólares em 2024”, declarou o deputado.
Impacto direto nos caminhoneiros e no setor produtivo
Para o parlamentar, a consequência imediata será sentida pelos caminhoneiros autônomos e transportadoras, que já lidam com margens apertadas e aumento de custos operacionais. Com a queda na demanda por transporte, muitos poderão ficar sem carga, comprometendo o sustento de milhares de famílias e agravando ainda mais o cenário econômico.
“O caminhoneiro vai parar porque simplesmente não vai ter o que transportar. Essa é a realidade. E se o transporte para, o país para. O impacto vai ser sentido por todos — do campo à cidade, da indústria ao supermercado”, alertou Zé Trovão.
Pressão por resposta do governo Lula
O deputado também criticou a falta de uma resposta firme do governo brasileiro diante da iminente aplicação da tarifa, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa agir com mais urgência para defender os interesses do país.
“Estamos assistindo tudo isso acontecer e o governo não consegue sequer abrir um canal oficial de diálogo com os Estados Unidos. Isso é muito grave. Quem paga o preço é o povo brasileiro”, afirmou.
Setores da economia monitoram com preocupação
Além do setor de transportes, representantes da indústria, do agronegócio e de exportadores acompanham com apreensão o desenrolar da crise comercial. A sobretaxa norte-americana atinge produtos como aço, alumínio, carne e derivados agrícolas — muitos dos quais dependem diretamente da logística rodoviária para chegar aos portos e centros de distribuição.
A expectativa é que, caso não haja avanço nas negociações diplomáticas nos próximos dias, o governo brasileiro seja pressionado a adotar contramedidas ou recorrer a instâncias internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
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Fonte: noticiastudoaqui.com
