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MORAES DIABÓLICO E CRUÉL - Advogado do 8 de Janeiro vai ao velório da avó, mas é impedido de abraçar a própria mãe

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Redação, Brasília, 28 de agosto de 2025 – Em um episódio carregado de dor e simbolismo, o advogado Lucas Brasileiro, detido desde os atos de 8 de janeiro de 2023, foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a comparecer ao velório de sua avó materna, Joanice, no Distrito Federal. No entanto, o que deveria ser um momento de despedida íntima se transformou numa cena de extrema tensão e desconforto institucionalizado.

Uma despedida sob cercas de ferro e fuzis

Familiares relatam que o pai de Lucas chegou a gravar um vídeo desesperado, temendo que a falta de efetivo policial comprometesse a autorização judicial.

Apesar do temor, o velório foi confirmado, mas sob condição — o advogado foi levado ao cemitério algemado em meio a uma escolta militar de aproximadamente 35 policiais armados com fuzis, que acompanharam every passo do trajeto e da cerimônia.

Emocionalmente devastador, o momento em que Lucas se aproximou do caixão se transformou em um recorte de distanciamento humano: ele não pôde sequer abraçar sua mãe — um gesto simbólico mínimo permitido em situações de perda.

O contexto jurídico e humano

Lucas, que é casado e pai de duas filhas, permanece encarcerado mesmo sem indícios concretos de que tenha participado efetivamente dos atos de depredação registrados no dia 8 de janeiro.

Sua defesa sustenta que ele estava em Brasília para prestar concurso público e que documentos comprovam sua presença na cidade por esse motivo — horas antes dos eventos terem lugar.

Sentenciado a 14 anos de prisão, sua condenação se apoiou, segundo a defesa, majoritariamente em conteúdo postado em suas redes sociais, e não em evidências diretas de criminalidade.

Justiça vs. Humanidade: um tribunal emocional?

O episódio ressalta o confronto recorrente entre a aplicação legal e o respeito à dignidade humana. Mesmo após autorização judicial para um reencontro simbólico, o aparato utilizado e a rigidez da custódia impuseram barreiras quase intransponíveis às expressões mínimas de afeto e luto familiar.

Num momento que deveria ser de acolhimento — seja pela Justiça ou pela sociedade — a intensidade da segurança institucional pode ter substituído o cuidado humano.

O que está em jogo

  • Dimensão emocional e simbólica: A proibição de um abraço entre mãe e filho no velório transmite uma mensagem de distanciamento brutal entre autoridade e relação familiar.
  • Princípio da proporcionalidade: Até que ponto uma escolta ostensiva e o uso de algemas são compatíveis com o objetivo de garantir um momento de despedida?
  • Presunção de inocência e condições de encarceramento: A falta de provas concretas associadas à severidade da pena questiona os limites do sistema penal e os garantismos individuais.

Conclusão

O caso de Lucas Brasileiro transcende a rotina jurídica de prisões e autorizações judiciais. Ele expõe a tensão entre uma instituição poderosa, que invade cada passo de liberdades humanas — ainda que temporárias e simbólicas — e o direito fundamental da dignidade, inclusive na hora da despedida. Às vésperas de um momento que poderia ter sido de conforto familiar, restou uma cena que reverbera em nossa consciência sobre os limites éticos da responsabilização penal.


Fonte: noticiastudoaqui.com

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