Dentro do novo cabo de guerra que está sendo travado entre a Assembleia Legislativa e o Executivo, o governador Marcos Rocha (União Brasil) deve vetar emendas apresentadas por deputados ao Orçamento, aprovado na última semana.
O deputado Camargo (Republicanos) foi usado como marionete para que fossem trazidas para votação em plenário as emendas que tiram poderes do diretor-geral do Detran, Sandro Rocha. Pelo regimento interno, em plenário o parlamentar vota pela aprovação do Orçamento, ou não, sem apreciar as emendas.
Como Jean Oliveira tentou derrubar as emendas na Comissão de Constituição e Justiça e não conseguiu, deu apoio para Camargo pedir a votação separadamente, em mais uma tentativa de ajudar o governo. Camargo, que é oposição, nem percebeu que serviu de marionete.
Edevaldo Neves (RPD) também votou com Jean e Camargo para que as emendas fossem votadas separadamente, em plenário. Ele também nem estava entendendo o que acontecia. Os deputados mais espertos estavam prontos para, no voto, impedir que as emendas fossem apreciadas separadamente.
Nim Barroso (PSD) foi um dos que pediu para votar o Orçamento logo, pois estava preocupado em assegurar logo no Orçamento os recursos que estão previstos para Ji-Paraná e para a Região Central. Ele também considera que as emendas não prejudicarão o Detran, mas não será dado cheque em branco, por isso diversas ações dependerão de autorização da Assembleia.
Ribeiro do Sinpol (PRD) é aliado de primeira hora do governo, mas sua principal preocupação é o reajuste salarial para as forças de segurança, que já estava previsto no Orçamento, e havia sido um compromisso dele com a Polícia Civil. Ribeiro sabe que o governador deverá vetar as emendas, mas entende que isso pode ser discutido depois, desde que o aumento no salário já esteja assegurado.
Eyder Brasil (PL) trabalhou pela aprovação das emendas. Para Eyder, a medida em nada atrapalha o Detran e permite que a Assembleia Legislativa fiscalize as ações do departamento. Pelo que disse Eyder Brasil, medidas políticas no Detran dependem agora de autorização do Legislativo para que sejam levadas em frente.
fonte blog entrelinhas