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Redação - Em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada em 2 de julho, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi alvo de críticas intensas por parte de parlamentares, especialmente do setor do agronegócio.
O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) acusou Mariana de desconhecimento sobre o setor, afirmando que “a senhora tem dificuldades com o agronegócio porque a senhora nunca trabalhou […] e tem um discurso alinhado com essas ONGs internacionais”.
Dois deputados de Rondônia também se destacaram na crítica:
- Cristiane Lopes disse que se sentia “envergonhada por ter a senhora como nossa representante”, alegando que Marina prioriza o meio ambiente em detrimento das necessidades de famílias rurais e acusa a gestão do Ibama de ações que prejudicam pequenos produtores
- Lúcio Mosquini questionou a viabilidade de modelos sustentáveis na Amazônia, declarando que “ninguém abraça uma árvore e come essa árvore” e argumentou a favor de uma negociação que contemple os agricultores
Em resposta, Marina se posicionou com firmeza, classificando os ataques como brandos próximos ao machismo, e declarou:
“É preferível sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça […] Quando você é injustiçado, a justiça virá”.
reações buscam desviar o tema
- Esse episódio ocorreu após uma tensa audiência no Senado, em 27 de maio, também marcada por ofensivas e manifestações de machismo contra a ministra.
- A reação da bancada feminina na Câmara, através de uma nota oficial da Secretaria da Mulher, classificou os ataques como violência política de gênero e racial, e exigiu ações legais contra tais condutas.
- O episódio reacende o debate sobre o equilíbrio entre produção agrícola e conservação ambiental na Amazônia, incluindo propostas como pactos de desmatamento e medidas que considerem a subsistência dos pequenos produtores.
Conclusão
A audiência expôs dois lados antagônicos: parlamentares do agronegócio defendendo maior liberdade produtiva, e a ministra Marina Silva, firme na defesa de práticas ambientais, mas também sensível às críticas de parcialidade. A continuidade dessas discussões poderá influenciar novas políticas ambientais, a condução de ações do Ibama e o diálogo entre governo, Legislativo e setores produtivos.
Fonte: noticiastudoaqui.comCom informações de opinião de primeira