
Redação, Velho, 13 de agosto de 2025 – Os senadores de Rondônia — Jaime Bagattoli (PL), Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB) — estão entre os 70 parlamentares que assinaram, na última terça-feira (12), o requerimento para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. O objetivo é investigar a sexualização e “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais, incluindo a atuação de influenciadores digitais e plataformas online.
Contexto e motivação da CPI
A proposta foi apresentada por Bagattoli e Damares Alves (Republicanos-DF) e já reúne assinaturas suficientes para ser protocolada — superando significativamente o mínimo exigido para sua abertura.
Impulsionada pela repercussão de um vídeo do influencer digital Felca (Felipe Bressanim Pereira), que denuncia conteúdos que expõem menores a situações impróprias, a CPI ganhou força pública e mobilizou parlamentares de diferentes orientações políticas.
O que diz Bagattoli
Em discurso no plenário, o senador Jaime Bagattoli destacou que:
- A CPI não visa censurar redes sociais, mas responsabilizar influenciadores e plataformas que veiculam ou lucram com a exploração infantil;
- Há indícios de que famílias vulneráveis estejam emancipando crianças para permitir sua participação em conteúdos digitais, em troca de ganhos financeiros — prática que considera “indecente” e que precisa ser combatida;
- Esta é uma causa que ultrapassa espectros ideológicos, sendo uma batalha pela infância e pelo futuro do país.
Estrutura e próximos passos
Conforme o requerimento, a CPI deve contar com:
- 8 membros titulares e 5 suplentes;
- Prazo de atuação de 120 dias, para investigar a disseminação de conteúdos que sexualizam crianças e adolescentes nas redes sociais.
O próximo passo é a leitura do requerimento em plenário, feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e a formalização da abertura da comissão.
Repercussão e abrangência política
A CPI mobiliza apoio de parlamentares de centro, direita e esquerda, refletindo uma convergência rara dos diversos espectros políticos em torno da proteção infantil na era digital.
A iniciativa também acompanha o avanço de outras ações legislativas e mobilizações, como o pedido da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pela urgência na aprovação de projetos que combatam a exploração sexual infantojuvenil nas redes digitais.
Panorama
Tema | Detalhes |
---|---|
Motivação | Denúncias de exploração infantil por influenciadores nas redes, popularizadas por vídeo viral do Felca |
Senadores de RO | Jaime Bagattoli (PL), Marcos Rogério (PL), Confúcio Moura (MDB) — todos entre os signatários |
Estrutura da CPI | 8 titulares, 5 suplentes / prazo de 120 dias |
Situação atual | Requerimento já protocolado com 70 assinaturas — acima do mínimo legal |
Próximos passos | Leitura pelo presidente do Senado e oficialização da CPI |
Relevância política | União inédita entre partidos para regulamentar conteúdo infantil online |
Fonte: noticiastudoaqui.com