Uma nova pesquisa de intenção de votos para as eleições de 2026 em Rondônia revela que o senador Marcos Rogério (PL) desponta como o principal favorito ao governo do estado. O levantamento — realizado pelo Instituto Perfil Pesquisas entre os dias 10 e 17 de novembro de 2025 — ouviu 1.480 eleitores distribuídos por municípios de todo o estado.

Rogério domina em todos os cenários

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Conforme o levantamento, Marcos Rogério lidera todos os cenários estimulados simulados:

• No cenário com quatro candidatos, ele alcança 42,2% das intenções de voto, seguido por Adailton Fúria (PSD) com 23,5%.
• Em votos válidos, esse mesmo cenário aponta 54,5% para Rogério e 30,3% para Fúria — o que, na prática, asseguraria a vitória ao senador já no primeiro turno.
• Em outro cenário, com mais candidatos — incluindo nomes como Confúcio Moura (MDB) e Hildon Chaves (PSDB) — Rogério mantém a liderança com 32,3%, seguido por Fúria (18,2%), Moura (12,7%) e Chaves (11,7%). Nos votos válidos, chega a 39,6%.

No cenário espontâneo — em que os eleitores respondiam sem sugestão de nomes — ele aparece com 8,3%, seguido de perto por Adailton Fúria, com 7,3%. O índice de indecisos ou de quem preferiu não opinar supera 56%.

Trajetória de Marcos Rogério

Nascido em Ji-Paraná, Marcos Rogério da Silva Brito é jornalista, bacharel em Direito, mestre em Administração Pública e atualmente doutorando em Direito Constitucional. Sua trajetória política inclui cargos como diretor de comunicação da Prefeitura de Ji-Paraná (2003–2004), vereador (2009–2013), deputado federal (2011–2019) e senador desde 2019 — primeiro pelo DEM e agora pelo PL.

Aliado de pautas conservadoras nos costumes e liberal na economia, ele tem se posicionado como um dos principais representantes do bolsonarismo em Rondônia. Em 2025, assumiu novamente a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado, reforçando seu perfil de articulação institucional.

Oposição que cresce

A pesquisa também destaca o nome de Adailton Fúria como principal adversário de Rogério. Prefeito de Cacoal, Fúria construiu uma base de apoio com foco em obras de infraestrutura municipal, pavimentação, drenagem e melhorias urbanas — pontos que têm lhe rendido visibilidade e apoio.

Mesmo com a liderança consolidada de Rogério, o cenário não é definitivo: a alta taxa de indecisos (mais de 50%) indica que a disputa ainda está aberta — e que novos fatores de campanha podem alterar o rumo da corrida.

Senado e renovações indefinidas

Além da disputa pelo governo, a pesquisa do Instituto Perfil também simulou cenários para o Senado Federal — cargo que Rondônia renovará em 2026.

Nesse quesito, o levantamento revela um quadro mais fragmentado e com grande número de indecisos: cerca de 70% não souberam responder espontaneamente. Entre os nomes testados, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) aparece isolado na frente em um cenário estimulado, seguido por Sílvia Cristina (PP), o governador Marcos Rocha (União Brasil) e Mariana Carvalho (União).

O que dizem os analistas

Especialistas em cenários eleitorais apontam que a vantagem de Marcos Rogério não é irreversível — embora ele tenha maior estrutura política e visibilidade estadual, o elevado índice de indecisos revela um eleitorado ainda aberto à mudança. Além disso, o desempenho final dependerá da capacidade dos concorrentes de consolidar apoios locais e ampliar a visibilidade nos próximos meses.

Por outro lado, sua reeleição à presidência da Comissão de Infraestrutura no Senado — anunciada em 2025 — dá a ele uma plataforma legislativa e de articulação política estratégica, o que pode influenciar fortemente a disputa em Rondônia.

Caminho até 2026

Com a campanha ainda longe, o quadro em Rondônia se desenha como uma disputa entre consolidação institucional e mobilização local. Marcos Rogério chega como favorito — mas diante de um eleitorado dividido e com muitos eleitores indefinidos, a corrida pode se tornar imprevisível. Para os adversários, o desafio será transformar intenções em votos.

A tendência, por ora, é que a disputa ao governo estadual seja dominada por dois pólos: o bolsonarista representado por Rogério, e a alternativa municipal e regional estruturada por nomes como Adailton Fúria.