Júnior Gonçalves aponta envolvimento de deputado Ribeiro do Sinpol, delegado Marcos Correia e atual chefe da Casa Civil em suposto plano para perseguir opositores do governo Marcos Rocha
Por Redação, 13 de junho de 2025 - Em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (13), o ex-secretário-chefe da Casa Civil de Rondônia, Júnior Gonçalves, fez graves denúncias que ampliam a crise política no estado.
Segundo ele, estaria em curso um esquema de perseguição política comandado por aliados do governador Marcos Rocha, envolvendo práticas como arapongagem, criação de dossiês e investigações forjadas com uso indevido da estrutura do Estado.
Gonçalves acusa diretamente o deputado estadual Ribeiro do Sinpol, vice-líder do governo na Assembleia Legislativa e policial civil de carreira; o delegado Marcos Correia, recentemente nomeado para a Casa Civil; e o atual secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende.
Segundo Júnior, ex-aliado do governador desde a campanha eleitoral, o grupo estaria utilizando sistemas de inteligência de órgãos estaduais para monitorar e atacar politicamente opositores do governo.
Durante a coletiva transmitida por diversas emissoras e portais, Gonçalves detalhou o que chamou de “plano em plena execução”. Segundo ele, sete delegados teriam recusado convite para assumir a Direção-Geral da Polícia Civil, ao tomarem conhecimento de que a intenção era executar ações políticas ilegais, como perseguição ao vice-governador e familiares, visando fragilizá-lo para as eleições de 2026.
Com as recusas, o governo nomeou Jeremias Mendes como novo diretor-geral.
Entre suas primeiras ações, Jeremias exonerou a delegada Simone Barbieri do Departamento de Estratégia e Inteligência (DEI) – setor responsável por coordenar as DRACOs (Delegacias de Repressão ao Crime Organizado).
Barbieri havia conduzido um inquérito que investigava irregularidades em contrato do DER na época em que Elias Rezende era diretor da pasta. Segundo Gonçalves, a exoneração foi uma retaliação.
A relotação de Barbieri foi oficializada por meio da Portaria nº 558, com data retroativa a 9 de junho, publicada no Diário Oficial em 12 de junho. Ela foi transferida para a Delegacia de Repressão a Narcóticos.
Visivelmente abalado, Gonçalves afirmou ter rejeitado fazer parte do esquema que, segundo ele, visa “destruir a reputação de famílias inteiras” por ambições políticas. “O que está em curso ultrapassa qualquer disputa política. É uma tentativa de destruição pessoal e familiar”, declarou.
Sobre acusações de envolvimento em um suposto desvio de R$ 150 milhões na Sesau e na Seduc, o ex-secretário respondeu que a Casa Civil não tem poder de licitar, contratar ou executar despesas, e que os titulares dessas pastas foram indicados diretamente por Marcos Rocha, com quem, aliás, manteve proximidade por seis anos.
“Se eu fosse incompetente ou desonesto, por que fui mantido no cargo durante todo esse tempo?”, questionou.
Gonçalves ainda mencionou que a primeira-dama Luana Rocha participa ativamente das decisões do Executivo e que, ao atacar sua honra, estão atingindo também o próprio governador.
Em tom emocional, o ex-secretário lamentou que sua família esteja sendo impactada pela crise. “Meus filhos, minha esposa e meus irmãos estão sendo pressionados injustamente”, disse.
Ele garantiu que todo seu patrimônio está declarado à Receita Federal, e que não tem medo de investigações verdadeiras, apenas das “narrativas forjadas”.
Respondendo à imprensa, Gonçalves também rebateu críticas sobre seu passado empresarial, destacando que a falência de sua empresa não comprometeu o patrimônio familiar.
“Na campanha de 2019, andei de BMW, não de bicicleta com o governador. Já tinha bens antes de assumir cargos públicos”, declarou.
Ao final da coletiva, Gonçalves lançou uma provocação direta ao governador Marcos Rocha. Disse que se o chefe do Executivo realmente deseja combater a corrupção, deveria começar pelo DETRAN, onde está lotado seu irmão, Sandro Rocha.
Questionado sobre contratos suspeitos com grupos empresariais, preferiu não se aprofundar, afirmando que isso cabe aos órgãos de controle.
Até o momento, nenhum dos citados – o deputado Ribeiro do Sinpol, delegado Marcos Correia, Elias Rezende ou o governador Marcos Rocha – se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.
A Polícia Civil de Rondônia, envolvida diretamente nas acusações, também não emitiu nota pública até o momento.
Caso confirmadas, as denúncias podem configurar crimes como abuso de autoridade, improbidade administrativa, falsidade ideológica e formação de organização criminosa, exigindo investigação por parte do Ministério Público e Polícia Federal.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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