Redação, 29 de junho de 2025 — Ao completar dois anos e seis meses de mandato nesta segunda-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um motivo para comemorar no campo econômico: o risco Brasil, indicador que mede a confiança dos investidores estrangeiros no país, caiu de 214 pontos em 1º de janeiro para 152 pontos no fechamento da última sexta-feira (27).
A redução de 62 pontos no índice representa um recuo significativo em 2025 e reflete uma percepção de menor instabilidade econômica e política por parte do mercado internacional. O dado é monitorado diariamente por agências e investidores e influencia diretamente a taxa de juros cobrada em empréstimos e investimentos ao Brasil.

Melhora na percepção de risco
O chamado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+), divulgado pelo banco norte-americano JPMorgan, é a principal referência para o cálculo do risco Brasil. A queda no índice indica que, apesar das críticas políticas e da polarização no país, o governo tem conseguido manter estabilidade fiscal e institucional, o que agrada o mercado financeiro.
Entre os fatores que influenciaram positivamente o desempenho do índice estão o avanço de medidas de responsabilidade fiscal, o controle da inflação, a queda na taxa básica de juros e a manutenção de superávits primários em determinados trimestres.
Impactos práticos
Na prática, a melhora do risco Brasil contribui para atrair investimentos estrangeiros, facilita o acesso ao crédito internacional e pode ter efeito positivo sobre o câmbio e a bolsa de valores. Especialistas apontam que a tendência de queda no indicador pode se manter, caso o governo mantenha o compromisso com a responsabilidade fiscal e com reformas estruturais.
“A redução do risco Brasil sinaliza confiança no ambiente econômico. É um ativo importante para atrair capital estrangeiro e reduzir o custo de financiamento para o país”, afirmou um economista da FGV.
Lula busca consolidar imagem de estabilidade
Em meio a tensões políticas e desafios econômicos globais, o Palácio do Planalto deve utilizar os dados como trunfo para reforçar a imagem de estabilidade e credibilidade internacional do governo. A queda no risco Brasil é vista como um contraponto às críticas frequentes da oposição sobre a condução da economia.
O presidente Lula, que enfrenta baixa popularidade em alguns setores, tem enfatizado a recuperação econômica como um dos pilares de seu terceiro mandato. A tendência positiva do indicador pode fortalecer sua posição diante do mercado e dar fôlego à agenda de governo para o segundo semestre.
Fonte: noticiastudoaqui.com