“Empresa de sócio de ministro da Secom da Presidência da República recebeu R$ 12 milhões de estatais em 2 anos”




Uma agência de publicidade pertencente ao sócio do ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, aparece tendo recebido contratos de aproximadamente R$ 12 milhões junto a estatais federais nos últimos dois anos.

De acordo com reportagem divulgada pela mídia, a empresa – denominada inicialmente “M4 Comunicação e Propaganda”, e posteriormente rebatizada para “Nordx” – foi contratada por agências licitadas da Caixa Econômica Federal e da Embratur para prestação de serviços de publicidade institucional.

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O ministro Sidônio Palmeira declarou ao jornal que se afastou da gestão operacional da empresa após assumir o cargo público e afirmou nunca ter indicado a contratação da agência em questão. A empresa, por sua vez, defende que foi escolhida em processo competitivo por apresentar “qualificação técnica e menor preço”.

Pontos de atenção

  • A proximidade societária entre o ministro da Comunicação e a agência contratada por estatais federais gera questionamentos sobre conflito de interesses e a lisura dos processos de contratação.
  • Ainda que o ministro afirme não ter interferido, as visitas frequentes do sócio da agência ao Palácio do Planalto, conforme reportagem, são mencionadas como um elemento que preocupa analistas de transparência pública.
  • A participação de terceiros (agências de publicidade licitadas que contratam sub-fornecedores) complica a rastreabilidade das contratações — o que exige fiscalização mais rigorosa por parte dos órgãos de controle.
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Consequências e implicações

Esse tipo de caso reforça a necessidade de maior transparência nos contratos de publicidade institucional com estatais e órgãos públicos. Especialistas em governança dizem que mesmo a aparência de favorecimento pode comprometer a confiança pública no uso de recursos públicos.

Além disso, abre-se espaço para iniciativas de controle externo — como auditorias, acompanhamento de aditivos contratuais, e investigação de subcontratações — justamente para garantir que não haja privilégios indevidos ou sobrepreço.

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O que fazer a seguir

É fundamental que:

  • A agência contratada e as estatais envolvidas divulguem o histórico completo dos contratos, valores, escopo dos serviços e critérios de escolha;
  • O ministro da Comunicação forneça declaração pública detalhando seu afastamento das operações da empresa e repassando eventuais vínculos societários remanescentes;
  • O órgão de controle (como o Tribunal de Contas da União) acompanha os processos de repasse e verifica se as contratações obedeceram aos normativos de competitividade e transparência — especialmente porque se trata de divulgação pública (verba de comunicação institucional) que afeta a opinião pública e o debate democrático.

Fonte: noticiastudoaqui.com



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