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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL - Jovens de comunidades tradicionais da Amazônia lançam carta em defesa dos territórios e do clima rumo à COP30

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Fortalecimento de políticas públicas, financiamento direto para organizações comunitárias, educação e saúde contextualizadas com a realidade amazônica, apoio técnico, político e financeiro, fortalecimento das economias da sociobiodiversidade, segurança territorial, entre outras pautas, compõem a Carta Regional das Juventudes de Povos e Comunidades Tradicionais.

O documento foi elaborado por mais de 400 jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas, após intensos debates e trocas de saberes durante o Encontro das Juventudes de Povos e Comunidades Tradicionais, realizado na última semana.

O evento destacou o protagonismo de jovens das florestas e águas da Amazônia, e ocorreu no Quilombo São Francisco do Bauana, localizado entre o município de Alvarães e a Floresta Nacional (Flona) de Tefé (a 531 km de Manaus) — região duramente impactada pela crise climática, com a morte de centenas de botos-cor-de-rosa, peixes e outros animais, além do isolamento de milhares de famílias, reflexo direto do aumento da temperatura global e da forte estiagem que atingiu o Amazonas nos últimos dois anos. 

Além das discussões políticas e ambientais, o encontro também celebrou marcos históricos: os 40 anos do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), os 35 anos de criação das Reservas Extrativistas (Resex) e os 14 anos do projeto “Jovens como Protagonistas pelo Fortalecimento Comunitário”.

Para viabilizar a participação dos jovens, foi realizada uma operação logística envolvendo voos, traslados por estradas de barro, rios, barcos regionais e dezenas de canoas que percorreram diversas comunidades da região de Tefé. Mais de 60 famílias do quilombo acolheram os participantes, oferecendo espaços da escola, refeitório, centro comunitário, casas de moradores, além do campo e da quadra de futebol.

Denise Godim do Carmo, jovem da comunidade Bauana (RDS Uacari, em Carauari – a 788 km de Manaus), participou pela primeira vez do evento. Para ela, foi uma oportunidade concreta de construção de políticas públicas com a participação da juventude. “Nós, jovens, podemos atuar, dar nossas vozes e falar sobre nossa emancipação dentro do território, sobre os trabalhos que desenvolvemos e, principalmente, sobre as políticas públicas que desejamos e almejamos conquistar”, afirmou.

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