
A madrugada da última quarta-feira em Porto Velho foi marcada por uma operação policial que resultou na prisão de três integrantes da facção denominada PCC, em flagrante, portando uma pistola, coletes balísticos e realizando ameaças contra um agente de segurança. A detenção ocorreu dentro do conjunto habitacional Morar Melhor, região sul da capital rondoniense.
Segundo as autoridades, o trio estava instalado em um apartamento identificado como ponto de tráfico e articulação da facção. A ação fez parte de um procedimento emergencial após denúncia de que um dos suspeitos havia ameaçado um policial militar que atendia a ocorrência no local. Na abordagem foram apreendidos colete balístico, pistola calibre não divulgada e munições, além de materiais que indicam organização e planejamento da logística criminosa.
O fato reacende o debate em Rondônia sobre a atuação de facções fora dos presídios, com forte presença em áreas urbanas periféricas — que em muitos casos funciona como base de apoio, financiamento e articulação do crime organizado. Especialistas em segurança pública afirmam que essas prisões, embora importantes, refletem apenas uma fração dos problemas: a logística, o armamento e o território permanecem amplos.
Para o cidadão da comunidade, a presença de armamento e coletes reforça a percepção de insegurança e quase “paramilitarização” das facções, em plena área residencial. A Polícia Militar informou que vai intensificar o patrulhamento e investigação no conjunto Morar Melhor, e que o caso será remetido à Polícia Civil de Rondônia para aprofundamento das conexões criminais.
Apesar do sucesso na prisão, autoridades reconhecem que o desafio maior é desmontar a cadeia logística: armamento, proteção, comunicação e tráfico. A operação mostra, porém, que o enfrentamento está ativo e que o Estado de Rondônia busca coibir municípios como Porto Velho serem transformados em “zonas de sombra” para o crime organizado.
Fonte: noticiastudoaqui.com