Um governo de faz-de-conta

Não poderia o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, fechar seu décimo sétimo mês de mandato de forma mais melancólica. Sabe-se que finais de administrações são quase sempre marcadas por mancadas. Mas, que diabos! Doutor Hildon nem completou dois anos a frente do executivo municipal. Nem esquentou direito a cadeira, como se fala no popular, e o que se tem visto é uma desorganização generalizada, como se não houvesse a existência de uma sistemática coordenadapor pessoas que se entendessem entre si, de modo a facilitarem-lhe os passos.
Até agora, o governo Hildon Chaves não apresentou dados satisfatórios, alguma coisa palpável, que significasse a salvaguarda dos interesses do povo. O governo está mais perdido que cego em tiroteio. É visível o aturdimento e o descompasso da atual administração, onde muitos não se entendem mais, causando um tumulto generalizado, onde não se sabe quem ainda manda em quem e onde já começam a surgir, talvez como consequência desse estado de coisas, denúncias graves.
O prefeito Hildon Chaves não pode deixar a peteca cair. Precisa chamar para a si a responsabilidade e mostrar quem manda, pois onde desaparece o princípio da autoridade instala-se a bagunça e a desobediência. A impressão é a de que há muitos caciques para poucos índios. Temos uma Câmara Municipal parceria, cuja maioria tem aprovado todas as medidas do prefeito, num clima de entendimento, colaboração e confiança. A sociedade, por sua vez, tem tido uma paciência tremenda com o prefeito, acreditando nele, dando a sua parcela de colaboração, mas a administração simplesmente não avança, não consegue sair do discurso inócuo.
Porto Velho mais parece um barco sem timoneiro em meio à borrasca. Dezessete meses já são passados, que o prefeito Hildon Chaves assumiu, e ainda não disse a que veio. A cada dia os problemas se avolumam, seja na saúde, seja na educação, seja, ainda, no transporte coletivo, apenas para ficar nesses três setores, mas há outros.
Quero deixar bem claro para todas as aves de mau agouro que, apesar de tudo isso, amo Porto Velho. Não desisto dela. Não serei contaminado pelo vírus do pessimismo, tampouco me deixarei dominar pelo ódio à cidade que me acolheu, visível em algumas figuras. Porto Velho tem jeito, sim, desde que tenhamos uma administração capaz, e nãogovernos de faz-de-conta.
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