A FORCA E A FOGUEIRA DOS UNGIDOS
No escopo histórico da civilização ocidental, foi na velha Grécia que se tratou como ciência a Política. Era de se esperar! Ali, a humanidade conseguiu estabelecer as bases para a formatação cientifica de quase todas as ciências, máxime as humanísticas, passando pela Medicina de Hipócrates, a Filosofia de Aristóteles, a Geografia, a História, a Política...
Foi com Platão, em Atenas, que se cogitou a necessidade de alçar à ciência a política, como a arte de bem “governar a felicidade na Polis” – o bem comum.
A partir daí, as idéias dos sábios gregos atravessaram os séculos, ganharam força em Roma, mergulharam fundo na idade média para, finalmente, emergir na França da “igualdade, fraternidade e liberdade” – o berço da revolução social.
Alguns séculos depois, retornando aos estudos gregos, Montesquieu propõe, em pleno ciclo monárquico, a tripartição dos poderes do Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário. Em decorrência disto é que surgiu verdadeiramente o Estado moderno como o que concebemos hoje.
No Brasil, a Constituição de 1988, além de consagrar como cláusula pétrea essa nova forma de Governo, esculpiu ainda princípios norteadores dos poderes do Estado, tornando efetiva essa tripartição, a partir do município, ficando este revestido da condição de célula mater dessa sociedade neste novo Estado.
Não obstante, nos dias atuais, por razões escondidas no mais profundo dos recônditos da alma humana, nenhuma dessas conquistas é levada em conta. Os “políticos”, sobretudo aqueles que contemplam os interesses pessoais sobrepostos ao coletivo, criaram uma “nova forma” de fazer política -- a POLITICAGEM -- e a coisa ganhou estranhos rumos, restando estabelecida a imoralidade!
Na esteira de Platão, Política é a ciência de bem governar. Politicagem é essa forma grosseira, imoral e inexorável de chegar ao poder para agasalhar mesquinhos interesses pessoais.
A arte de fazer política é salutar: é, sobretudo, propugnar pela harmonia dos três poderes na conjugação dos elevados interesses nacionais.
Politicagem é buscar as “fendas” da liberdade democrática para alcançar as luzes da ribalta e depois debochar, fazer encher o barril da indecência na cara da população.
Ao contrário, fazer Política é encontrar caminhos lógicos e dignos para a coletividade, compreendendo o elevado interesse pelo progresso do povo, abrangendo saúde, trabalho digno, emprego, habitação, desenvolvimento, justiça e honra.
“Politicar” é embrenhar-se pelas sendas da imoralidade nos seus amplos aspectos. É a “ciência” da rapinagem, da “lavadagem”, da safadeza, do cinismo, do desrespeito ao povo e da mentira, em nome de satisfazer a própria ganância.
Mas, como sempre chega a hora da justa desforra, é tempo, então, neste domingo (28), de erguemos nos intramuros de nossas imaginações, e de nossa própria vergonha, um poste enorme e nele enforcar, sem dó nem piedade, um dos protagonistas para que não causem tantas ofensas ao povo.
Faça então, um exercício mental e responda: Quem você enforcaria com seu voto nesse dia 28 de outubro?
Por aqui, enquanto a politicagem triunfa e a verdadeira política é escondida sob o tapete da tirania de alguns e da onda de outros, é hora de encostar à parede os corifeus desse gesto imundo e na engenharia da imaginação atear fogo nessa turma...
Nas urnas, em quem você atearia fogo, caro amigo? Pensa...
É tempo, pois, de extirpar as impurezas que se criaram e que proliferaram em nosso meio por absoluta falta de grito. É um imperativo da liberdade democrática e, nessas horas, é prudente abrir os olhos.
Em se fazendo política de verdade, temos que implodir as circunstancias desfavoráveis que nos cercaram durante anos e nos tornar seres politizados, com vistas a resgatar a nossa dignidade perdida ao longo do tempo e espaço, dando um pontapé nessa macabra situação que em Rondônia nos impuseram certas figuras políticas.
Pena é que tais protestos ainda não se solidificaram, principalmente no seio das universidades, nos grêmios estudantis, nas associações de classes, nos clubes de serviço, etc.
É imperioso afastar de vez do nosso convívio o tal “IMPULSO CHANCE”, ou certas ONDAS de aparente patriotismo que levaram, neste pleito eleitoral, inúmeros imbecis ao poder e deixaram alguns homens de bem, que se candidataram, perderem a eleição e ficarem à margem do processo, consumindo apenas o dissabor de ver as nulidades prosperarem.
Por fim, é prudente não esquecer que fazer Política é ninar as mais caras esperanças de um povo.
E Politicagem é medrar a podridão. É solidificar a imoralidade, é institucionalizar a ganância e o progresso pessoal à custa dos votos jogados no lixo por um sem número de incautos que amanhã certamente chorarão na cama, que é lugar quente, pela burrada cometida com seu título eleitoral.
A escolha é sua. Que Deus nos ilumine a todos nesse domingo.
Amém!
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