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AS PERDAS DE RONDÔNIA

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ColunistaOsmar Silva

O povo de Rondônia está perdendo o que custou muita luta e suor dos que se empenharam para conquistar e preservar o que temos. E o pior, é que não vemos ações efetivas, verdadeiras e obstinadas, para defender o que tanto custou para ser conquistado ou preservado. Exceto, gritos isolados aqui e ali. Alguém que reverbera a indignação de todos. Mas andorinha só não faz verão.

Alguém com 30 anos de Rondônia saberá dizer o quanto custou e o tamanho da luta travada para se trazer a Superintendência do Banco do Brasil para Rondônia. Perguntem para os ex-deputados Francisco Sales, Assis Canuto, José Bianco, só para citar alguns, a magnitude do esforço empreendido por todos, incluindo as novíssimas entidades civis do novo estado.

Alguém acha que a Superintendência do Denit foi instalada em Rondônia por oferta do Governo Federal? De graça, o executivo federal não dá nada. Faz é tirar onde encontra moleza e fraqueza. Como está fazendo agora aqui.

Como fez ao nos tirar as cachoeiras de Teotônio e Santo Antônio, no Rio Madeira para pôr suas hidrelétricas. Exterminaram um patrimônio de valor ambiental, turístico e cultural inestimável. E nos deram o quê? Uma banana e um custo de energia elétrica que extorque a classe média, sufoca os pequenos negócios e é negada aos pobres que não podem pagar.

Nunca mais os festivais de pesca dos meses de agosto e setembro em Teotônio. Nunca mais a contemplação da piracema, com os peixes voando sobre as corredeiras e as pedras. E muita gente os aparando em panelas.

Nunca mais o namoro e o florir do amor sobre as pedras de Santo Antônio aos domingos e fins de tarde de qualquer dia. Nunca mais a algazarra das crianças e as gargalhadas alegres dos adultos nestes lugares.

E o que substituiu essas riquezas, dádivas de Deus? Duas usinas que não têm, sequer, uma plataforma de contemplação da queda d´água de suas turbinas e onde o acesso é proibido ao povo. Duas fontes de corrupção que comprou maus rondonienses e outros mais. Duas ilusões.

A continuar assim, daqui a pouco vão tirar a Polícia Rodoviária Federal. O superintendente, cunhado do ex-senador Ivo Cassol, já nem responde mais. Afastado por condutas impróprias. Tiram tudo. Não estão encontrando resistência na mesma proporção da violência.

Onde estão as bancadas políticas de Rondônia no Congresso Nacional, de tão pequena produção parlamentar e tão frouxa defesa dos interesses dos cidadãos, que não veem estas coisas? Por que não honram a garra e a luta dos pioneiros que construíram este Estado?

Não basta protestar, repudiar, soltar nota e depois ir pra cama e dizer: fiz meu papel. Não! Nada disso! Têm é que arregaçar as mangas, juntar forças, partir pra cima, obstinadamente, até resolver.

Foi assim que fizemos no passado. E aqui me incluo por ser verdade. Como simples repórter, quantas bandeiras lancei, quantas apoiei, quantas vezes com deputados, senadores e pessoas comuns como eu, fui a Brasília pagando meu custo com o meu dinheiro, para defender causas coletivas de Rondônia e sua gente. Sem me aproveitar, pessoalmente, de nenhuma delas. Fazia por amor Rondônia.

É preciso amar Rondônia, usar os mandatos mais em favor de Rondônia e menos em favor de causa própria. Ser parlamentar para lutar e defender o Estado e o seu povo. E não empresas familiares, negócios e corporações. É preciso atitude, ação e resultado. É o que se espera, para estancar as perdas.

Osmar Silva – jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON – Diretor e editor do noticiastudoaqui.com – WhatsApp 99265.0362 – sr.osmarsilva@gmail.com   

 

 


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