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A política não é profissão

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ColunistaValdemir Caldas

Se você é do tipo que vê a política como profissão e não
esconde isso de ninguém, chegando, inclusive, a assumir essa
condição publicamente, saiba que já passou da hora de rever
sua postura. Exatamente por não se constituir numa profissão,
a política deveria ser a mais nobre das atividades humanas.

Penso que o mandato político deveria ser uma interrupção
passageira, na vida de uma pessoa, durante a qual ela se
dedicaria por inteiro à causa pública. Por seu caráter especial,
a política precisa ser exercida com elevado sentimento de
missão, a cargo daqueles efetivamente vocacionados e
preparados para cumpri-la.

Quando falo de preparo, não me refiro especificamente ao nível
intelectual, que vejo como algo secundário, mas, sobretudo, a
formação ética, que considero absolutamente indispensável a
quem se dispõe a exercer um cargo público. Essa postura é
condição imprescindível para gerar no político um sentimento
quase religioso de respeito à coisa pública.
Infelizmente, a maioria prefere trilhar caminhos sinuosos,
passando de guardião incorruptível do erário, como deveria
ser, a parasitas e vermes, travestidos de homens decentes,
transformando a função legislativa, que consiste na fiscalização
do poder executivo, no jogo sujo do “é dando que se recebe”,
confundindo a defesa de interesses fisiológicos e pessoais com
as legitimas aspirações da população que jurou defender
durante a campanha eleitoral.

Lamenta-se, profundamente, que isso ainda não tenha sido
devidamente compreendido, principalmente por importantes

segmentos da sociedade, que teimam em mandar para as
casas legislativas não somente pessoas despreparadas, mas,
sobretudo, sem nenhum compromisso com o bem-estar social.
Pessoas que deveriam ser verdadeiros intérpretes das causas
públicas, mas que acabam apequenando o mandato popular,
transformando a política em profissão rendosa.


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