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A porta da cadeia é a serventia da casa

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ColunistaCarlos Henrique

Carlos Henrique Angelo

Açula a curiosidade identificar exatamente qual a parte do recado do eleitor, expresso fragorosamente nas urnas em 2018 não foi compreendida pelo deputado Laerte Gomes, do PSDB e por seu agora ajudante de ordens, o quase ex-deputado Jesuíno Boabaid, do PNM. Candidato à presidência, com certeza para abrigar na Assembleia todo o entulho produzido pela eleição e já não cabe na Prefeitura da capital, Laerte Gomes cabala votos dos eleitos com tentativas de demonstrar que aquele é um território à parte na realidade nacional.

Exemplo disso foi a iniciativa da dupla, felizmente frustrada pela justiça, de instituir o 14º e 15º salários retroativos a 2014, como uma espécie de indenização aos despejados e agrado aos reeleitos. E já durante as festas, saiu-se com uma mudança regimental para garantir assento em plenário aos autores de concessões de medalhas e títulos honoríficos não entregues por falta de tempo, de interesse dos agraciados e de votos dos proponentes. Daí para aprovar alguma espécie de jeton é um pulo.

O que esse pessoal precisa entender é que a população e os órgãos de fiscalização estão atentos. As tentativas de fazer do Legislativo uma ilha da fantasia, inclusive com a comercialização de votos para a eleição da mesa diretora, vão dar problemas para os envolvidos. Todos acabarão descobrindo que, agora, como advertiu um dos responsáveis pelo acompanhamento de cada envolvido, “a porta da cadeia é a verdadeira serventia da casa”.

Tudo parece indicar, porém, que a ambição supera o medo. Os dois parlamentares parecem desconsiderar o histórico das gravações, sempre presentes nos escândalos da Assembleia. E já se sabe delas novamente, no leilão de votos para a eleição da mesa. O que ninguém sabe é se o propósito é denunciar, chantagear ou assegurar o cumprimento de acordos.

 


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