Pesquisadores do Ifro produzem máscaras em impressora 3D e álcool em gel para combater coronavírus em RO
"Alguns só ficando no sofá, em casa, já estão ajudando bastante. Nós químicos viemos para o laboratório, que é onde podemos fazer o bem", diz um dos voluntários.
Alunos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) estão imprimindo máscaras em 3D, produzindo mais de 400 litros de álcool em gel e diversos outros insumos, mostrando que a educação é arma fundamental na luta contra o novo coronavírus.
Em Ariquemes, a ideia de fazer e doar os equipamentos de proteção individual (EPI) foi de Emanoel Javoski, estudante de engenharia mecatrônica.
Ele usa a impressora 3D para produzir as máscaras. A meta é produzir 20 EPIs por dia, mas eles podem dobrar a produção se receberem doações de materiais, principalmente do acetato, que é uma placa transparente, ela é acoplada a um suporte fabricado na impressora.
O produto final que protege olhos, nariz e boca está sendo testado pela Secretaria Municipal de Saúde de Ariquemes para auxiliar as equipes médicas que estão na linha de frente dos atendimentos.
Outra ação importante acontece no Campus Calama, em Porto Velho, com a fabricação de peças e componentes utilizados nos kits de respiradores pneumáticos mecânicos, usados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base.
Segundo o Ifro, há demanda de substituir peças defeituosas dos kits de respiradores , como conectores, válvulas, engates e mangueiras. Com isso, os voluntários confeccionaram alguns modelos, que estão em teste para posterior transferência ao Hospital de Base.
Já no campus de Ji-Paraná, professores e técnicos em química estão trabalhando voluntariamente para produzir 400 litros de álcool em gel. Luis Américo do Vale é o coordenador do projeto, segundo ele, a produção leva cerca de 28 horas.
"Nós fazemos a agitação, fazemos a mistura, adicionamos o carbômero e ele fica durante 24 horas agindo sobre o meio. Depois disso, entre agitação e envase são mais cerca de quatro horas", explica Luis.
Além dos 400 litros de álcool em gel os voluntários produzirão 100 litros de sanitizante alcoólico a base de glicerina que é um produto para limpeza.
"Cada um de nós tá fazendo o seu pouquinho, alguns só ficando no sofá, em casa, já estão ajudando bastante. Nós químicos o que podemos fazer? Nós não vamos aos hospitais, mas temos capacidade técnica então viemos pro laboratório, que é onde nos sentimos bem e podemos fazer o bem para as pessoas", diz Luis.
A assessoria de imprensa do Ifro divulgou que outros projetos estão em andamento. Como, por exemplo, no campus Cacoal, Colorado do Oeste, Jaru e Guajará-Mirim que devem contribuir cada um com aproximadamente 200 litros de álcool em gel que serão doados a hospitais, abrigos, asilos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: G1
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