O PREÇO DA GUERRA - Jornal Nacional perde ibope, se aproxima de recorde negativo histórico e cria 'climão' nos bastidores
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O Jornal Nacional tem se aproximado de um novo recorde negativo histórico de audiência em 2021.
Apesar de ainda ser o principal telejornal do país, o JN continua perdendo drasticamente o público do horário nobre. O recuo deve cravar um efeito negativo registrado em 2015, quando teve que enfrentar o fenômeno bíblico ‘Os Dez Mandamentos’, da Rede Record, considerada uma das teledramaturgias de maior sucesso.
De acordo com o site Notícias da TV, especializado em informações do segmento midiático, o ano de 2015 foi marcado por grandes esforços de William Bonner e Renata Vasconcellos para alcançar uma média anual de 24,7 pontos no Painel Nacional de Televisão (PNT) — que lista os índices das 15 principais regiões metropolitanas do Brasil. A média é considerada baixa para o telejornal.
Com share de 39,7%, o JN fechou aquele mesmo ano com menos de 40% dos televisores do mercado nacional sintonizados na programação.
Anteriormente, o pior índice tinha sido registrado em 2014, quando o JN teve média de 25,5 e share de 43,6%.
Na sequência, o telejornal buscou renovar a atração e, supreendentemente, conseguiu fôlego conquistando 42% de share e pelo menos 27,7 pontos no PNT. 2017, inclusive, foi o ano em que o telejornal registrou crescimento avassalador, cravando 29,3 de Ibope no PNT.
Novos índices de queda
2021 voltou a ser visto como ‘ano fantasma’ para o Jornal Nacional. A partir de abril deste ano, a programação passou a apresentar uma série de dificuldade.
Em maio, os números de audiência desabaram após o fim da 21° edição do Big Brother Brasil, que costumava fechar acima dos 30 pontos.
Além de adotar uma grade extensiva sobre a pandemia da Covid-19 no país, o telejornal comandando por Bonner e Vasconcellos resolveu subir o tom contra o governo federal e atacar abertamente as ações do presidente da República, carecendo de outros temas sobre o cenário político, econômico e social do país.
Até 22 de junho, o JN alcançou média de 25,5 pontos — que só não é inferior ao ano de 2015.
Mesmo buscando inovar, com performance menos formal ao apresentar alguns quadros do programa —além de dar destaque mais extensivo aos seus jornalistas— o veterano telejornal global permanece sem decolar, resultando em uma fuga massiva dos telespectadores.
Ainda segundo o Notícias da TV, na Grande São Paulo —principal ramo brasileiro de audiência— a atração não supera os 30 pontos desde 8 de abril. Em junho, foram registrados dois recordes negativos, com edições que cravaram apenas 21,5 de ibope.
Apesar disso, o JN ainda não sente os efeitos negativos nas capitais do país, mantendo o espaço comercial como um dos mais caros do Brasil.
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