SAI DE DEBAIXO - Parte de foguete chinês despenca (novamente) de forma perigosa na Terra

Mais uma vez, foguetes lançados pela agência espacial chinesa estão causando transtornos, isso porque um gigantesco pedaço de um foguete despencou de volta à Terra e caiu em uma plantação na província noroeste de Gansu, de acordo com imagens compartilhadas nas redes sociais chinesas.

Segundo as informações, uma estrutura metálica maciça ficou alojada verticalmente em algum solo. A peça provavelmente pertencia a um foguete lançado pela China, no sábado (29), para instalar satélites da órbita da Terra. As autoridades do país ainda não confirmaram.

O tipo de foguete utilizado pela China é historicamente não reutilizável, por isso, muitas vezes, esses foguetes retornam à Terra fora de controle. As autoridades ocidentais criticaram a prática, apontando não apenas para o prejuízo ambiental, já que se trata de uma peça não reutilizável, mas também por ser potencialmente perigosa para qualquer um que more dentro dos limites das zonas de pouso projetadas.

Apesar de os foguetes da era Apollo e o usado agora na missão Artemis 1 também serem descartáveis, a sua rota de queda consegue ser prevista com muito mais precisão do que os modelos Longa Marcha utilizados pela China.

Essa reentrada descontrolada é a mais recente de uma longa série delas. No início do ano, destroços descontrolados de um foguete chinês caíram nos oceanos Índico e Pacífico. Em maio de 2020, propriedades chegaram a ficar danificadas na Costa do Marfim, com a reentrada de foguetes chineses na órbita da Terra. Na época do ocorrido, o administrador da NASA, Bill Nelson, disse que a China de “não atende aos padrões responsáveis em relação aos seus detritos espaciais”.

Os foguetes não reutilizáveis podem estar com os dias contados

Essa irresponsabilidade com detritos espaciais ficará cada vez mais injustificável, já que outras empresas espaciais, como a SpaceX, estão investindo no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias de foguetes reutilizáveis. Por ora, a China não parece muito preocupada com essa questão. A prioridade do país é dar prosseguimento ao programa espacial do país, que está em pleno andamento.

(olhardigital)