O DIA 2 NA HISTÓRIA – 156 milhões de eleitores decidirão uma eleição como nunca tivemos

ColunistaOsmar Silva

Nunca tivemos uma eleição tão cheia de ameaças, censura, proibições e temores, quanto esta deste domingo, dia 2 de outubro.

Nunca tivemos uma eleição em que o eleitor é tão aterrorizado, pela própria Justiça Eleitoral, quanto esta.

Pior: em que o eleitor tem suas garantias individuais, postas em cláusula pétrea, na Constituição Federal, violadas. Por quem? Mais uma vez: pela Justiça Eleitoral do Brasil, representada pelo Tribunal Superior Eleitoral(TSE).

Nunca tivemos uma eleição tão duvidosa, na sua lisura, através das urnas eletrônicas, que os ministros do TSE passaram três anos fazendo ajustes e buscando avalistas pelo mundo afora.

Nunca tivemos uma eleição em que as Forças Armadas tiveram que lutar para serem ouvidas pelas ‘Forças Desarmadas’, no caso, os ministros do TSE, para verem acatadas suas sugestões de segurança das ditas urnas eletrônicas, após serem convidadas à colaborar.

Nunca tivemos uma eleição em que o Poder Judiciário por suas mais altas cortes, houvesse subjugado o Poder Legislativo, invadido as competência do Poder Executivo, e subversivamente, dado um golpe de estado implantando um Governo Semipresidencialista no qual seja o Elemento Moderador.

Nunca tivemos uma eleição em que o Poder Judiciário, tenha assumido, por seus atos práticos e manifestação dos seus ministros e juízes, o ativismo político e jurídico que hoje presenciamos.

Nunca Tivemos uma eleição com crimes sem lei, com presos políticos e inquéritos, processos e condenações à revelia do Ministério Público.

Nunca tivemos uma eleição na qual a CF tenha sido desprezada e vilipendiada justamente pelo Poder Judiciário.

Nunca tivemos uma eleição em que o Poder Judiciário, rebelado e desarmonioso com os outros poderes, tivesse seu próprio candidato e usasse o rigor da lei posta e de regras inexistentes, para perseguir o oponente prestigiado pela Nação.

Nunca tivemos um presidente da República pleiteando a reeleição, mais perseguido, fiscalizado, vigiado, ofendido e agredido do que Jair Bolsonaro.

Nunca tivemos uma eleição em que um candidato condenado à prisão por várias instâncias da Justiça e vários magistrados de carreira, tenha saído direto da cadeia para disputar uma eleição presidencial sem ser inocentado ou absolvido, ou sem ter cumprido as penas imputadas pela Justiça.

É o caso de Luiz Inácio Lula da Silva, beneficiado por um casuísmo de gratidão e contraprestação de advogado revestido do poder de juiz, mesmo que parcial.       

Nunca tivemos uma eleição em que a maioria do povo haja se manifestado nas ruas e praças do país em favor de um candidato e, por isso, chamados de ‘antidemocratas’. Multidões jamais vistas em tempo algum da nossa história.

Jamais tivemos uma eleição em que o eleitor pode ser preso se votar em Pedro e aparecer o José, e cometer o grave erro de chamar o mesário da secção eleitoral para constatar a falha, sendo acusado de ‘tumultuar o processo eleitoral’.

Jamais tivemos uma eleição em que o eleitor tenha sido proibido de usar equipamento fotográfico para registrar a cara do José quando ele votar no Pedro.

Jamais tivemos uma eleição em que o eleitor, se insistir em comparecer na urna com seu celular ou máquina fotográfica, seja proibido de votar.

Jamais tivemos uma eleição em que o direito pétreo garantidor de que ‘todo poder emana do povo’ através do ‘voto livre e soberano’ do eleitor, base do Sistema Democrático e do Estado de Direito, possa ser violado.

É essa eleição que teremos amanhã. Por isso ela será histórica.

Será neste domingo, dia 2 de outubro em 1º turno, ou dia 30 em 2º turno, que você e eu vamos decidir que Brasil queremos. O resto você já sabe.

Osmar Silva, jornalista, diretor e editor do noticiastudoaqui.com