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O RICO DA AMÉRICA LATINA - Em Angola, Lula diz que governo estuda abertura de Consulado Geral em Luanda

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (26) que o governo estuda abrir um Consulado Geral em Luanda.

 

A declaração foi dada durante o evento de inauguração da Galeria Ovídio de Melo, no Instituto Guimarães Rosa, localizado em Luanda, na Angola. Após o evento, o presidente deu uma coletiva e voltou a criticar a composição Conselho de Segurança das Nações Unidas e dizendo que o colegiado atual fazia a guerra.

Lula viajou para a África no início da semana. Esta é a primeira visita oficial dele ao continente neste terceiro mandato. O presidente brasileiro foi para Angola depois de participar do encontro da cúpula de líderes do Brics, na África do Sul. O “giro” de Lula pela África ainda contará com uma parada em São Tomé e Príncipe.

“Com aproximadamente 30 mil brasileiros, Angola já abriga nossa maior comunidade em todo continente africano. Por isso, instrui o chanceler Mauro Vieira a estudar a abertura de um consulado geral em Luanda, que seria o primeiro em um país de língua portuguesa na África”, afirmou.

O Consulado-Geral faz parte do Ministério de Relações Exteriores e é responsável por diversos serviços, entre eles, emissão de passaportes e certidões de nascimento.

Relações com a África

Desde que assumiu a Presidência, Lula vem ressaltando que vai buscar mais proximidade com a África e com os países em desenvolvimento em geral.

Em sua fala neste sábado (26), o presidente afirmou que “a volta do Brasil a África se fará também pelos caminhos da cultura”. Nesta sexta-feira (25), Lula disse que o Brasil vai voltar a investir no continente africano e assinou sete acordos de cooperação entre Brasil e Angola.

Conselho de Segurança da ONU

Após o evento, Lula participou de uma entrevista coletiva. Na ocasião, ele reforçou a posição do Brasil pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e disse que o colegiado é que “faz a guerra”.

“A ONU de 2023 está longe deter a mesma credibilidade da ONU de 45. O Conselho de Segurança que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade é o conselho de segurança que faz a guerra sem conversar com ninguém”, afirmou.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas é formado 15 países com direito a voto. Mas apenas Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto.

Em sua fala, Lula disse ainda que o Brasil deve integrar o colegiado, assim como Japão, índia e Alemanha.

“Quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança, quem produz armas são os países do conselho de segurança, quem vende armas são os países do conselho de segurança, então, está errado. É preciso que haja uma compreensão de que precisa ter mais países. Qual é a representação da África no Conselho de Segurança? Qual é a representação da Ásia? Qual é a representação da América Latina? E nós deixamos claro que nós defendemos que o Brasil entre no Conselho de Segurança, nós defendemos que a Índia entre no Conselho de Segurança, que a Alemanha entre, que o Japão entre”, disse Lula.

Dívidas FMI
O presidente brasileiro também defendeu neste sábado (26) que a dívida que o continente africano possui com o Fundo Monetário Nacional (FMI), estimada em quase US$ 800 bilhões, seja “transformada em apoio a infraestrutura”.

“Eu acho, eu agora estou com a ideia de que e preciso começar uma nova briga, uma briga é o seguinte, o continente africano deve dever para o FMI por volta de 760 bilhões de dólares, essa é a dívida do continente africano e essa dívida ela vai ficando impagável porque o dinheiro do orçamento nunca dá para pagar a dívida e o problema vai sempre aumentando. Qual é a lógica? A lógica é tentar sensibilizar as pessoas que são donas dessa dívida para que essa dívida seja transformada em apoio a infraestrutura”, afirmou.

O presidente disse ainda que o FMI também pode prorrogar o pagamento da dívida até que os países africanos tenham condições de pagar o valor devido.

“O dinheiro da dívida, ao invés de ser pago, seja investido em obras de infraestrutura, sabe? E você pode ou anular essa dívida, que eu acho que vai ser impossível anular uma dívida de 760 bilhões de dólares, mas você pode prorrogá-la até que esses países adquiram condições de poder voltar a pagar.

(G1)


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