LÍNGUA DE FOGO – Quem é o fiscal do povo? Em meio a tantos, ninguém é

Se os fiscais dos recursos e bens públicos, originários das leis, funcionassem no Brasil, e de fato os agentes autorizados, fizessem seu trabalho, os municípios não teriam obras inacabadas, remédios não se perderiam nos almoxarifados e o dinheiro do povo não seria roubado tão descaradamente, como é.

Temos, vigentes, as normas necessárias para punir os corruptos dentro e fora do serviço público, tanto na União quanto nos estados e municípios. Mas vivemos um tempo em que são desprezadas, pior, usadas, seletivamente, para perseguir adversários políticos.

Só para lembrar rapidamente: temos vereadores e deputados estaduais, Ministério Público e Tribunal de Contas para fiscalizar os estados e municípios. Além disso, ainda existem em várias esferas de poder, órgãos fiscalizatórios, como Procon, agências, promotorias disso e daquilo, como a de Defesa do Consumidor, por exemplo. E ainda, claro, os deputados federais, senadores, MPF, TCU, corregedorias no âmbito da União.

Entretanto, talvez pelo fato de serem tantos os fiscais, um fica esperando pelo outro e ninguém fiscaliza nada. Os crimes acontecem, ficam ocultos e impunes.

Até mesmo quando o ato criminoso vem a público, não se ver a manifestação dos órgãos de controle e combate ao ato ilícito, tomar qualquer providência.

Exemplo disso, foram as milhões de vacinas contra covid e gripe, serem jogadas no lixo pelo Ministério da Saúde, no começo desse ano, ou final do ano passado, enquanto milhares de pessoas morrem pela falta delas. A dengue matou mais de 6 mil em 2024. E continua matando esse ano.

E os fiscais do povo fazem o quê? Nada. E quando fazem alguma coisa, é sempre contra a parte mais fraca da corda: o prefeito, o secretário municipal ou estadual. Raramente o governador e só, excepcionalmente, o presidente da República. E nunca, o presidente do Poder Judiciário.

Aliás, no meio judiciário, não se ver noticia de um presidente de comarca apontado ou condenado por má gestão. Nem os presidentes dos Tribunais de Justiça, nem dos tribunais superiores.

Nas suas formações jurídicas nunca tiveram uma aula de gestão. Mas exibem tal sapiência e probidade, que até espanta.

Quando foi a última vez que se ouviu falar de contas reprovadas de assembleia legislativa, de tribunas de contas e dos órgãos do Poder Judicial?

Eles não erram, não fazem rachadinhas, nem nepotismo cruzado, não existe contratos com sobre preço, nada. São impecáveis. Mas nem tanto, pois são corporativistas, se auto protegem e se auto exaltam em solenidades pomposas e caras, com discursos rebuscados. O resto vira sigilo de 100 anos.

Reflita sobre isso. E saiba porquê a gasolina é o mesmo preço em todas as bombas e as torradas encolhem, mas não diminui o preço.

Afinal, quem nos protege contra o roubo, a pejotização, a corrupção e a escravidão que nos obrigar pagarmos para os outros aquilo que não podemos pagar para nós mesmos?

Pense nisso. 

É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje.

Veja o vídeo, a seguir, e faça o seu próprio juízo. Aproveite e se inscreva na página noticiastudoaqui no youtube, e acompanhe, também, outros conteúdos como o podcast ‘Sem Papas na Língua’ publicado toda terça-feira, às 17hs30.

Veja agora, manifestações complementares sobre os fatos acima, em pequenos vídeos.

Fonte: noticiastudoaqui.com