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NO RABO DA FILA - Brasil é um dos 10 piores países em competitividade digital

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Fundação Dom Cabral coloca o país na 57ª posição do ranking com 64 nações; resultado se dá por falta de investimento, diz especialista

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Estudo da Fundação Dom Cabral indica que o Brasil está na posição 57 em competitividade digital, a mesma que nos anos de 2018 e 2019. 

O índice é usado para medir a capacidade e das economias mundiais em incorporar novas ferramentas digitais com poder de impactar a produtividade econômica. O levantamento analisou 64 países. O Brasil está entre os 10 piores do ranking

O resultado negativo para o Brasil foi puxado pelos seguintes fatores: 1) experiência internacional da força de trabalho, 2) habilidades tecnológicas e 3) estratégias de gestão das cidades para apoiar o desenvolvimento de negócios. 

Entretanto, alguns aspectos foram considerados positivos para os brasileiros, como os gastos com educação, que acumulou R$ 84 bilhões em 2022. Outro ponto é a pesquisa científica, com mais mulheres que a média global. 

“Os pontos fortes brasileiros se concentram sobretudo no subfator ‘concentração científica’. Mas para avançar na pauta de transformação digital, governo e empresas vão precisar investir e construir uma agenda coordenada, em busca de resolver os desafios atuais”, diz o texto que acompanha os dados do estudo. Eis a íntegra (PDF – 182 kB). 

O pouco investimento em talento e em tecnologia são fatores que ajudaram o Brasil a estar entre os piores da lista. Além disso, o custo para conseguir empréstimos por causa dos juros criam barreiras para as empresas conseguirem implementar efetivamente as tecnologias inovadoras em seus modelos. A análise é de Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral. 

“O custo de capital do Brasil é alto. E isso dificulta a capacidade do Brasil de inovar”, declarou o especialista em entrevista ao Poder Empreendedor

Segundo ele, a expectativa é que o país não caia nem suba de posições nos próximos anos. Estaria em “estagnação”, nas suas palavras. “O resultado é um ranking em nossa posição não muito adequada e satisfatória”, disse. 

Indagado sobre o que o Brasil precisa para melhorar os resultados, Hugo respondeu falando em políticas de Estado –aquelas mantidas independentemente do governo– para o fomento da digitalização do país. 

“Passou da hora de as pessoas entenderem que inovação não é só hub, não é só startup. Demanda estratégia, recursos, projetos, dinheiro para poder funcionar”, declarou. 

O MUNDO

O 1º lugar da lista elaborada pela Dom Cabral fica com os Estados Unidos. O resultado se explica pela aprovação do governo norte-americano da regulação das criptomoedas e também do avanço da possibilidade do dólar digital. 

O 2º lugar fica com Holanda e o 3º com Cingapura. “O anuário aponta a consolidação da América do Norte, Europa e Ásia no topo do ranking de competitividade digital, enquanto, alguns países latino-americanos continuam em posições inferiores”, diz o texto.

As últimas posições ficaram com Botsuana (60º), Argentina (59º), Colômbia (62º), Mongólia (61º) e Venezuela (64º). 

Para Hugo Tadeu, um dos destaques mais positivos do ranking é a Coreia do Sul. O país está em 6º lugar e seria um exemplo de uma nação que conseguiu crescer a partir de políticas públicas eficientes. 

Eis abaixo o ranking com os 64 países:

 

Brasil está entre os 10 piores países em competitividade digital em 2023

estudo da Fundação Dom Cabral analisou 64 nações

 

posição

país

1

Estados Unidos

2

Holanda

3

Cingapura

4

Dinamarca

5

Suíça

6

Coreia do Sul

7

Suécia

8

Finlândia

9

Taiwan

10

Hong Kong

11

Canadá

12

Emirados Árabes Unidos

13

Israel

14

Noruega

15

Bélgica

16

Austrália

17

Islândia

18

Estônia

19

China

20

Reino Unido

21

Irlanda

22

Áustria

23

Alemanha

24

República Tcheca

25

Nova Zelândia

26

Luxemburgo

27

França

28

Lituânia

29

Catar

30

Arábia Saudita

31

Espanha

32

Japão

33

Malásia

34

Cazaquistão

35

Tailândia

36

Portugal

37

Eslovênia

38

Barein

39

Polônia

40

Letônia

41

Kuwait

42

Chile

43

Itália

44

Croácia

45

Indonésia

46

Eslováquia

47

Hungria

48

Romênia

49

Índia

50

Jordânia

51

Chipre

52

Grécia

53

Turquia

54

México

55

Bulgária

56

Peru

57

Brasil

58

África do Sul

59

Filipinas

60

Botsuana

61

Argentina

62

Colômbia

63

Mongólia

64

Venezuela

fonte: Fundação Dom Cabral

METODOLOGIA

Os quesitos conhecimento, tecnologia e prontidão para o futuro foram utilizados para mensurar os resultados, incluindo 3 subfatores para cada 1. Ao todo são 54 indicadores que estão distribuídos entre os subfatores. 

A pesquisa contou com respostas de “mais de 6.400 executivos nos 64 países pesquisados”. As opiniões foram realizadas por meio de formulários de opinião.

(Poder360)


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