Redação, Porto Velho (RO), 16 de setembro de 2025 – A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, nesta semana, a abertura de crédito de R$ 67 milhões destinados à criação de um Fundo Especial para viabilizar a compra ou construção do prédio que abrigará o futuro Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho. O investimento representa um marco no processo de modernização da saúde pública estadual e busca resolver um dos maiores gargalos do sistema: a superlotação crônica do Hospital João Paulo II, referência em atendimentos de alta complexidade na capital.

Imóvel estratégico e futuro da saúde

De acordo com a proposta encaminhada ao Parlamento, os recursos servirão para adquirir um imóvel de mais de 100 mil metros quadrados, localizado em área estratégica entre as zonas Central, Sul e Leste de Porto Velho. A escolha do espaço foi justificada pela facilidade de acesso e pela possibilidade de expansão ao longo das próximas décadas.

Segundo o texto aprovado, o controle patrimonial pelo Estado é considerado essencial para a gestão de uma unidade que deve atender à população por, pelo menos, 30 anos. Embora ainda não tenham sido divulgados detalhes técnicos da obra ou prazos de execução, a aprovação é vista como um passo fundamental para tirar do papel um projeto aguardado há anos pela população rondoniense.

Pacote robusto de investimentos

A aprovação ocorreu poucos dias depois de outro aporte significativo: na semana passada, os deputados já haviam autorizado R$ 72 milhões para a saúde pública, distribuídos entre diferentes municípios e setores. Com isso, em menos de uma semana, o Legislativo estadual chancelou R$ 139 milhões para o setor.

Além dos recursos extraordinários, o governo do Estado já vinha ampliando investimentos em atendimentos especializados. Apenas neste ano, foram destinados R$ 34 milhões para a realização de 3.682 cirurgias, parte de um esforço para reduzir filas e acelerar procedimentos que aguardavam há meses.

Desafios e expectativas

A construção do novo Hospital de Urgência e Emergência é considerada uma prioridade da gestão do governador Marcos Rocha, que tem reiterado a importância da saúde pública como eixo central de seu mandato.

Especialistas apontam que a substituição do atual João Paulo II não apenas desafogará o sistema, mas também poderá oferecer um padrão mais moderno de infraestrutura, adequado ao crescimento populacional da capital e ao aumento da demanda por serviços de alta complexidade.

Contudo, o projeto também impõe desafios: será necessário definir o modelo de construção, a previsão orçamentária para custeio e manutenção da nova unidade e o cronograma de obras. Parlamentares destacaram que, embora o avanço seja significativo, o processo ainda está em sua fase inicial e precisará de acompanhamento constante.

Impacto social

Para a população, a expectativa é de que o futuro hospital represente um divisor de águas na saúde de Rondônia. Atualmente, o João Paulo II atende além de sua capacidade, chegando a registrar pacientes em corredores e áreas improvisadas.

A nova estrutura, planejada em uma área ampla e de fácil acesso, promete condições mais dignas de atendimento e maior resolutividade nos casos de urgência e emergência.

Fonte: noticiastudoaqui.com