O eterno problema da falta de abastecimento de água de Porto Velho

Entra governo, sai governo, e o problema do desabastecimento de água da cidade de Porto Velho persiste. Tempos atrás, aventou-se a possibilidade de transferência dessa atividade do poder público para a iniciativa privada, com a promessa de se ampliar o acesso à água canalizada e melhorar a qualidade do serviço prestado à população, mas a ideia não saiu do papel. Enquanto ninguém decide sobre a privatização do sistema, a população continua pagando alto preço.
A discussão envolvendo o futuro da política de abastecimento de água da capital passa, necessariamente, pela compreensão sobre os interesses políticos que gravitam em torno desse tema e a determinação do poder público em fazer valer aspectos realmente importantes para os moradores de Porto Velho. Quando o assunto é água potável, a capital do estado de Rondônia ocupa o ranking das piores cidades do Brasil, onde menos de 27% dos habitantes são atendidos. Não menos grave é a situação da coleta e tratamento de esgoto. Apenas 5,8% da população têm acesso a esse serviço. Daí a importância de que a atual administração busque uma saída para o problema.
Muito se tem dito e escrito sobre o acesso à água potável, coleta e tratamento de esgoto da capital, com o compromisso de que algumas providências logo serão tomadas, mas parcela expressiva da população ainda não teve assegurado o direito de ter água tratada de qualidade e, o que é pior, é obrigada a conviver com esgotos fétidos a céu aberto.
(*) Valdemir Caldas
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