Fome x ostentação

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ColunistaValdemir Caldas

Semana passada, televisões do mundo inteiro mostraram a cerimônia de coroação do príncipe Charles III, porém o que algumas emissoras não mostraram foi o protesto dos antimonarquistas.  Estima-se que, só com as festividades,  o Palácio de Buckingham, residência oficial da monarquia,  incinerou quase seiscentos e cinquenta milhões de reais. E quem você acha que vai pagar a conta? Acertou quem disse o contribuinte. Afinal,   sempre foi assim e sempre será: os governantes criam despesas não para eles pagarem, mas para a sociedade. A eles  cabem apenas o direito de usufruírem das mordomias custeadas com o dinheiro do povo.

Enquanto o contribuinte britânico é obrigado a manter o luxo e a ostentação da família real, calcula-se que, em 2023,  milhões de famílias britânicas engrossarão a pirâmide  da pobreza, ou você acha que a fome é coisa só de países retrógrados como o Brasil.  Ledo engano, meu caro!

A fome, como todo mundo sabe, é um fenômeno mundial, com maior alcance em países como o nosso, atrasado e com uma classe política visceralmente corrupta,  com as devidas exceções. A história mundial está repleta de exemplos de movimentos sociais que se opuseram a alguma figura de poder ou a uma decisão governamental que teve um final violento. Cansado de ser explorado por políticos e governantes inescrupulosos,  o povo saiu às ruas por melhores condições de vida. É o resultado disso foi derramamento de sangue.

*Valdemir Caldas


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