VÍTIMAS DA TRAGÉDIA NO ABISMO - Quem eram os cinco ocupantes do submarino que implodiu em expedição ao Titanic | Notícias Tudo Aqui!

VÍTIMAS DA TRAGÉDIA NO ABISMO - Quem eram os cinco ocupantes do submarino que implodiu em expedição ao Titanic

Compartilhe:

Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a morte dos passageiros do Titan, que estava desaparecido desde segunda-feira (19); destroços encontrados indicam que houve uma "perda catastrófica" da pressão da cabine.

 

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a morte dos passageiros do submarino Titan, que estava desaparecido desde segunda-feira (19). Os destroços encontrados nesta quinta-feira (22) indicam que houve uma perda catastrófica da pressão da cabine do submersível.

Embora as autoridades não tenham identificado publicamente nenhum dos cinco passageiros a bordo do submersível, famílias, amigos e empresas divulgaram informações sobre as pessoas que estavam dentro da embarcação.

O CEO e fundador da OceanGate, proprietária do submersível, Stockton Rush; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood; o empresário bilionário e aventureiro britânico Hamish Harding; e o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet tiveram suas mortes confirmadas pela Guarda Costeira nesta quinta.

Stockton Rush

 

Um dos ocupantes do submersível era Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que promove a viagem até os destroços do Titanic com o submersível. Ele também supervisionava as estratégias financeiras e de engenharia da empresa.  

Rush era cofundador e membro do Conselho de Administração da OceanGate Foundation (2012), uma organização sem fins lucrativos que visa catalisar a tecnologia marinha emergente para novas descobertas em ciência marinha, história e arqueologia. 

Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood

 

O empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman, também estavam a bordo, de acordo com um comunicado divulgado pela família na terça-feira (20).

Shahzada era curador do Instituto Seti, uma organização de pesquisa na Califórnia, de acordo com seu site. Ele também era vice-presidente da Dawood Hercules Corporation, parte do Dawood Group, um conglomerado de vários negócios pertencentes à família.

O jovem Suleman era estudante da Universidade de Strathclyde em Glasgow, na Escócia. Ele era aluno da Strathclyde Business School e havia acabado de concluir seu primeiro ano.

Hamish Harding

Harding é um empresário bilionário do ramo da aviação, conhecido por ser aventureiro. Ele é dono de uma empresa chamada Action Aviation, que compra e vende aeronaves, incluindo jatos executivos, a empresa confirmou que ele estava a bordo do submersível.

No último post de seu Instagram, no sábado (17), ele anunciou que iria participar da missão até o Titanic. “Uma janela meteorológica acaba de se abrir e vamos tentar um mergulho amanhã.”

Harding também foi um dos passageiros no voo espacial da Blue Origin em junho de 2022 e foi uma das primeiras pessoas a viajar no Challenger Deep no Oceano Pacífico – o ponto mais profundo conhecido na Terra.

Paul-Henri Nargeolet

No post de Harding, ele anunciou que o mergulhador Paul-Henri Nargeolet iria viajar com ele no domingo. A CBC News conversou com Larry Daley, um mergulhador de St. John’s, que também disse que Nargeolet estava na expedição.

Nargeolet liderou várias expedições ao Titanic e supervisionou a recuperação de muitos artefatos do naufrágio, de acordo com o E/M Group, onde Nargeolet era diretor de pesquisa subaquática.

As buscas continuam

A busca e recuperação dos corpos dos passageiros continuará, apesar de ser um ambiente desafiador, disse John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista à imprensa.

“É um ambiente incrivelmente implacável no fundo do mar”, disse o funcionário. “Continuaremos a trabalhar e a vasculhar a área lá embaixo, mas não tenho uma resposta para as perspectivas neste momento”.

Segundo Mauger, os veículos operados remotamente (ROV) permanecerão no local e continuarão a coletar informações sobre o submersível. Ele disse que ainda levará um tempo para determinar uma linha do tempo dos eventos que levaram a falha catastrófica do submersível.

As autoridades estão examinando um “ambiente operacional incrivelmente complexo no fundo do mar, mais de 3,2 km abaixo da superfície”, disse Mauger, e que os veículos operados remotamente que vasculham o chão são “altamente capazes” e devem revelar mais informações.

Destroços do submersível

As equipes de busca encontraram “cinco grandes pedaços diferentes de destroços” identificados como parte do submersível Titan. Mauger afirmou que a primeira parte encontrada pertencia ao casco de fora da cabine de pressão. No entanto, foi encontrado outro detrito identificado como parte do casco de pressão do submarino.

“Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico”, disse Mauger. As equipes encontraram, então, um segundo campo de detritos menor dentro do primeiro, onde outra extremidade do casco de pressão estava localizada.

Os destroços foram analisados ​​por especialistas, e as famílias foram notificadas da morte dos passageiros.

Expedição até o Titanic

A expedição começou com uma jornada de 740 km até o local do naufrágio. O submersível começou sua descida no domingo de manhã, mas perdeu contato com a tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1h e 45 minutos após a descida, segundo autoridades.

As Guardas Costeiras dos Estados Unidos e Canadá iniciaram uma verdadeira operação de guerra para resgatar o Titan, até 10 navios e aeronaves foram mobilizadas para as buscas, primeiro na superfície do mar e depois nas profundezas.

Foram disponibilizados sonares, ROVs (drones aquáticos) e equipamentos de altíssima tecnologia para cumprir a missão.

Segurança

Não faltaram acusações sobre uma suposta negligência com a segurança do submersível. O próprio Rush afirmou, em diversas entrevistas, que via os esquemas de proteção como algo que inibiam a inovação e o avanço tecnológico.

A indústria comercial subversiva é “obscenamente segura”, disse ele em entrevista ao Smithsonian Magazine, em 2019, “porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não inovou ou cresceu – porque eles têm todos esses regulamentos”.

À medida que o mundo passou a acompanhar o drama dos ocupantes do submersível, também passou a conhecer histórias um tanto bizarras sobre o funcionamento do veículo.

Na última terça-feira, o jornal The New York Times informou que em 2018 líderes da indústria da submersíveis criticaram a “abordagem experimental” da OceanGate. O Comitê de Veículos Subaquáticos Tripulados da Marine Technology Society escreveu uma carta a Rush, expressando preocupação com a conformidade da empresa em relação a uma certificação de avaliação de risco marítimo conhecida como DNV-GL.

(CNN)


 Comentários
Noticias da Semana
Dicas para te ajudar
TV Tudo Aqui