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A catástrofe da violência

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ColunistaValdemir Caldas

Volto ao tema da insegurança por considerá-lo importante e oportuno, principalmente depois dos recentes episódios que sacudiram a cidade de Porto Velho, enquanto  algumas de nossas autoridades se refestelavam, apenas para dizer aos que nos governam que segurança pública vai muito além da retórica oca e fofa.

No governo do tucano Fernando Henrique Cardoso foi aprovado o Plano de Segurança Nacional que não conseguiu ir além. Em 2006, a Comissão de Constituição,  Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou um pacote de medidas para combater a criminalidade no país.  Ao todo, foram onze projetos que deveriam ter saído do papel, mas que não surtiram nenhum efeito prático.

Hoje, diante da constatação de que a situação só se agravou,  a opinião pública espera que as medidas aprovadas sejam levadas adiante e implantadas adequadamente.  É fácil identificar o descaso com que a violência no Brasil é tratada tanto pelos governos quanto pelos demais poderes da República.

Quando acontece uma tragédia de repercussão nacional,  o assunto ocupa os principais espaços da mídia, com autoridades do governo e  especialistas travando debates e lançando críticas em várias direções e  anunciando medidas que nunca serão executadas, como se fosse oferecido um paliativo à população e, depois, o esquecimento tem sido o caminho seguido.

A segurança pública não pode ser tratada de maneira isolada, episodicamente, aparecendo apenas durante a campanha eleitoral e nos momentos de eclosão da violência,  como se tem visto, aqui e alhures. Insistir nesse tipo de conduta é despertar o povo, levando-o  a fazer justiça com as próprias mãos. É,  também, apostar na instabilidade e investir no caos. Enquanto as autoridades discutem o sexo dos anjos, a bandidagem encontra enorme facilidade para a sua expansão e a população,  coitada, seque aterrorizada.

Valdemir Caldas


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