Golpe ou fantasia?

ColunistaValdemir Caldas

Se você acha que o que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023 foi uma tentativa de golpe de Estado para melar o governo do presidente Lula, sem problemas. Respeito sua decisão, contudo, por mais que eu me tenha esforçado até agora não consigo enxergar nada parecido. As evidências não deixam.

É difícil alguém, em sã consciência, imaginar que um grupo de vândalos seria capaz de planejar e executar algo tão sério como é um golpe de Estado; por isso cheguei à conclusão de que não vale a pena ficar perdendo meu precioso tempo tentando conscientizar pessoas de que tudo o que aconteceu naquele fatídico dia é o reflexo da disputa por nacos de poder entre grupos políticos, onde o que menos importa é o bem-estar da população. 

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputado, Aldo Rabelo, uma das poucas mentes brilhantes que ainda povoam o cenário político nacional, disse que a ideia de golpe não passa de fantasia. Infelizmente, muitos preferem rejeitar a verdade e aceitar a mentira. E, como disse Joseph Goebbels, “uma mentira dita mil vezes, torna-se verdade”. A mentira é algo condenável aos olhos do Criador, como revela o livro de Provérbios. Jesus disse, no livro de João, que o diabo é o pai da mentira. No livro de Levítico, o Senhor ordena ao povo a não mentir. Infelizmente, muita gente prefere agradar ao diabo e desobedecer a Deus. Mas, paciência!

O Brasil precisa avançar na discussão e execução de temas essenciais à população. Não podemos ficar perdendo tempo com miudezas. Coisas importantes vêm acontecendo no mundo. E o pior é que muita gente não quer tirar as escamas dos olhos, preferindo mergulhar de cabeça no mar revolto do ufanismo tupiniquim, enquanto a economia brasileira vai descendo a ladeira como um caminhão desgovernado, levando de roldão a popularidade do presidente Lula, que vem caindo nas pesquisas de opinião pública.

(*) Valdemir Caldas