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O comunismo cheira a morte

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ColunistaValdemir Caldas

Chega a ser difícil – para não dizer impossível – compreender o que se passa na cabeça de algumas pessoas. Essa, por exemplo, de o cidadão condenar a ditadura e, ao mesmo tempo, exaltar o comunismo, é algo que transcende a compreensão humana. Acho que nem o pai da psicanálise conseguiria explicar esse tipo de conduta. Não faz o menor sentido pretender regar as flores murchas das velhas ideias comunistas, que há muito tempo vêm sendo enterradas sem mágoas em várias partes do mundo. As experiências do igualitarismo utópico revelaram-se amargas para aquelas nações. Politicamente não é possível ignorar essa verdade. O comunismo está superado nos quadros da vida moderna.

A ditadura é uma página sombria da nossa história, uma nódoa que jamais se apagará. Calcula-se que mais de quatrocentos e trinta e quatro brasileiros morreram ou desapareceram durante o regime de chumbo, mas não se iluda, o comunismo também deixou um rastro de destruição e dor por onde passou. E ainda continua fazendo vítimas em algumas partes do mundo. Se é certo que a ditadura matou muita gente no Brasil – e isso, repita-se, não se discute -, o comunismo, por sua vez, dizimou milhões de pessoas pelos quatro cantos do planeta. Berço do comunismo mundial, a ex-União Soviética, hoje Rússia, endeusada pelos defensores do igualitarismo, é responsável por milhões de mortos entre 1917 e 1987. Só no governo de Joseph Stálin, um dos maiores assassinos da história mundial, teriam morrido mais de quatro milhões de pessoas.

A China também ocupa lugar de destaque no ranking da morte, com mais de trinta e cinco milhões de vidas eliminadas. A lista seque com a Correia do Norte, onde milhões de vítima foram imoladas no altar do egocentrismo delirante. Apesar de tudo isso, ainda tem cabeças ocas pedindo a implantação do comunismo no Brasil, como opção para retirar o país do atraso social no qual está imerso. E não é de hoje. O comunismo tem cheiro de morte. É ilusão querer regar as flores murchas de um regime desumano e cruel com as lágrimas do fanatismo ideológico.

 (*) Valdemir Caldas


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