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O instituto do medo

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ColunistaMarco Anconi

Na coluna desta semana volto a tratar de um tema muito polêmico: o medo. Muitos confundem as potências da dualidade e acreditam que o oposto do amor é o ódio. Não, o ódio é o “filho” mais velho do medo.

O postulado mais importante da sociedade ocidental é o medo. Toda a estrutura social, política, comercial, religiosa e filosófica se baseia neste instituto. Com o medo, e seus agregados (pecado, culpa, dívida, etc.), criou-se o controle das grandes massas populacionais e, com isso, os que controlam a “dose” de medo imposta nesta ou naquela localidade passaram a ter controle absoluto até mesmo do modo de pensar dos cidadãos.

Esta prática vem sendo usada desde que o ser humano individuou (tomou consciência da sua individualidade – em outras palavras: assumiu a frequência do Raio Azul, do Poder)e passou a compartilhar seu universo com os dos demais. É interessante se notar como as pessoas passam a agir e pensar de forma automática, sem mesmo ter consciência dos próprios atos e reações. O efeito “turba” (aquele que presenciamos em grandes aglomerações como: estádios de futebol, passeatas, batalhas, etc.) passou a ser a “grande consciência” que dita e norteia o dia-a-dia de todos nós. Não quero aqui postular nenhum tratado de psicologia, sociologia, teologia ou equivalente, mas apenas abrir uma fresta por onde mentes abertas possam “ver” os alienistas que nos tornamos.

Usei a expressão “norteia” no parágrafo anterior de forma propositada, pois ela caracteriza a mudança de comportamento e de coordenação psicológica das sociedades ocidentais. “Nortear” é apontar o rumo social, político, comercial, religioso e filosófico para o “Norte”, para o modelo instituído pelos povos do norte da Europa, os instituidores do que podemos chamar de “sociedade ocidental” coisificada. Ao contrário, o termo “orientar” nos remete para o modelo do “Oriente”, onde o ser humano ocupa o centro da evolução.

Eis aí um dos motivos da proliferação de instituições e grupos esotéricos, a grande maioria buscando preservar conhecimentos tidos como espúrios (no sentido natural). Tais conhecimentos entram em choque com o instituto do medo e, por isso mesmo, sábios de todos os tempos têm guardado os segredos da evolução da alma e do ser e só os transmite a quem passou pelos ritos iniciáticos e está comprometido com a preservação de tão caros ensinamentos.

Imaginemos apenas que um vulgo (leigo), que controle uma grande fatia da população, venha a obter alguns desses conhecimentos e os resolva aplicar não em prol de sua própria evolução, mas à cata de poder. Posso afirmar que os resultados, na maioria dos casos, seriam desastrosos não só para ele, mas para grande parte da humanidade. O conhecer exige a contrapartida da responsabilidade. Lidar com forças da natureza sem as respeitar é o mesmo que operar uma cirurgia sem o estudo médico adequado.

Retornando ao instituto do medo, saliento que ele é necessário neste plano em que estamos (dualidade) por ser o oposto complementar do amor. Como saber a luz sem conhecer a escuridão? Como saber a alegria, sem ter sentido dor?

Assim como seus “filhos” (pecado, culpa, dívida, etc.), o medo não passa de uma idéia, uma mera ilusão no plano abstrato e não tem energia própria. Muitos são os que perceberam esta faceta e fazem dela apenas uma alavanca evolutiva.

Incontáveis grupos esotéricos praticam, de forma variada, de acordo com suas bases, exercícios de desapego e de contemplação do medo, não como forma de desafio, mas antes como meio de entendimento e aceitação deste plano existencial em que nos encontramos, a dualidade, pois somente assim poderemos dar o passo seguinte no processo evolutivo, o salto quântico, que todos nós, Creaturas, hoje na condição Hominal, almejamos, que é o ascensionamento para a condição Crística, da qual temos notícia através de incontáveis Mestres Ascensionados (Seres de Luz) tais como: Mestre Kutumi (São Francisco de Assis); Mestre Lanto (Lao-Tsé); Mestre Saint Germain (São José) e Mestre Sananda (Jesus).

O ponto de desencontro entre os esotéricos e os vulgos (leigos) não reside na forma, mas no uso. O medo não pode ser usado para fins materiais nem de poder. Não pode se tornar uma instituição como aconteceu, mas, antes, a ferramenta complementar de evolução e progresso a que foi criado. O Supremo (A Supra-Inteligência) que nos creou, produziu a dualidade a fim de nos permitir evoluir e não servir, a quem quer que seja, nem mesmo a Ele, pois O Incriado, O Inenarrável, O Incognoscível não precisa de escravos, de serviçais e nem de seguidores, porque Ele é O Princípio e O Fim em Si Mesmo.

O Supremo (que podemos chamar de Pai Eterno) não nomeou nenhum representante Seu na Terra e nem instituiu nenhuma religião ou seita que vise fazer rituais, ritos, missas, pregações, peregrinações e tudo o mais que a maioria usa para extorquir um décimo do que você produz para seu próprio sustento e dos que de você dependem. Sananda (Jesus) disse: “Levante uma pedra ou uma lasca de madeira e lá estará O Pai; mergulhe nas profundezas ou enfune e lá estará O Pai; Reconheça-se e aos seus irmãos e aí estará O Pai”.

Este pequeno libelo, mais um sussurro de alerta, tem o propósito de “orientar” seus pensamentos para o que realmente importa: Seja feliz e encontre-se. Ame-se e evolua.

Marco Anconi
mac.anconi@gmail.com


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