Presidente do Instituto Kadosh para o desenvolvimento da Amazonia.
|  | 
No velho testamento existem várias simbologias que foram passadas de geração em geração para o povo no centro do planeta, na região chamada das arábias ao menos dois mil anos antes do nascimento de Cristo. Um exemplo disso são os 40 anos da travessia ou traslado ou transformação do povo em busca da terra prometida.
Uma tradução para o novo testamento pode ser como que os 40 dias de retiro e provação que o próprio Jesus de Nazaré passou quando a seguir deu início a sua jornada de proclamar o reino de Deus para o mesmo povo, nas imediações geográficas do centro do poder de Roma na Judeia daquela época: Jerusalém.
Mais longe no tempo Moises conduziu o povo para a liberdade, saindo do jugo egípcio para uma terra de oportunidades de viver em comunhão e adoração ao Deus Pai Eterno, o criador de todas as coisas; já com o Cristo a mensagem e a libertação não foram alcançadas por outro meio que não pela transformação interna e pessoal de cada interessado nessa mensagem messiânica, interpretada de várias formas desde então.
Atualmente, após mais de 2.000 anos, a mensagem de Cristo tem ao longo do tempo de 365 dias de cada ano, em todos os anos depois dos respectivos concílios e definitivamente a organização da chamada Igreja Católica Apostólica Romana, suas mensagens bem especificas que cabem a meditação e a reflexão espiritual de todos nós.
Sobre esse período que vai da quarta feira das cinzas até a páscoa, nós os cristãos reconhecemos na Quaresma um período de reflexão e preparação espiritual para a Páscoa. A quaresma, portanto, representa um tempo de conversão, arrependimento e aproximação de Deus, buscar ao sagrado por meio da memória daquela travessia do povo em busca da renovação e da terra santa, bem como a simbologia do tempo de jejum e penitencia do próprio mensageiro e sacerdote eterno: Jesus de Nazaré.
Os dois eventos marcam muito as possibilidades de conversão e de elevação espiritual traduzidos pela oração, pela caridade e pela penitência; práticas recomendadas que ajudam a viver e compreender a Quaresma.
Se você considerar o carnaval como um “período” de infância na caminhada do espirito, sendo o começo ou a base, ou o “de baixo” onde os prazeres do corpo como a comida e a bebida, a dança e os exageros, esses quarenta dias de calmaria, observação, quietude e oração preparam para a chegada do tempo da graça que pode ser a páscoa – a redenção e o jubilo da cidade santa e eterna – o lugar “de cima”.
A construção da paz interior, da elevação da consciência e da sabedoria são perseguidas desde sempre por um pequeno percentual da raça humana, e, requer certamente a busca do controle das emoções e dos prazeres quando se busca santidade e ser realmente cidadãos do céu – esse lugar que na verdade está dentro de cada um de nós como disse Jesus em várias de suas falas registradas nos evangelhos conhecidos e outras letras.
Atualmente, dizem alguns, mas na verdade em todos os tempos, essa transição ou transformação não é novidade ou não é fácil, dado que é preciso austeridade, serenidade e acolhimento das várias informações e sinais que as pessoas, a vida e o mundo nos passam através da convivência humana e das nossas relações terrenas e matérias, até porque enquanto não alcançamos o mundo da outra dimensão, é aqui que passamos nosso período de quaresma para subir os degraus da consciência plena e do conhecimento e reconhecimento da presença e da autoridades do Eterno.
Conceitos como amor, caridade, misericórdia, altruísmo, honestidade, compaixão, partilha, solidariedade e empatia são cristãos, mas são naturalmente humanos, posto que todas as culturas e todas as religiões e filosofias sempre apontam para esse terreno.
Aproveite esse tempo desses 40 dias para além de meditar e comtemplar, orar e rezar, para agir como esses sinais nos indicam e aproveitemos para cultivar atitudes de amor filial, sinceridade, paixão e misericórdia porque Ele está no meio de nós e pode ser sempre um amigo ou irmão (afinal todos somos humanos) que você conhece e ou não reconhece, afinal de contas ... Quem viu Deus (?) e Quem como Ele (?) – tudo é mesmo inesperado e o aprendizado aqui nesse lugar é se preparar da melhor maneira possível para o dia do melhor encontro.
Graça e Paz, gratidão sempre.
Deus é bom o tempo todo.
Ele está conosco e no nosso meio desde sempre.
Abra seus olhos e o seu coração.
Por: Francisco Aroldo – Economista Consultor Pesquisador Escritor
Conselheiro no CORECON – RO
 
                     
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                            