Acusado de matar mulher grávida para não assumir filho não vai estar presente no julgamento



 

Começa na manhã desta segunda-feira (24) o júri de Gabriel Henrique, acusado de matar Antonieli Nunes depois de descobrir que ela esperava um filho seu. O julgamento acontece em Pimenta Bueno (RO) sem a presença do réu, que será representado pela Defensoria Pública. (Entenda abaixo).

O feminicídio chocou todo o país em fevereiro de 2022. A vítima foi encontrada morta em cima da cama por familiares com sinais de asfixia e perfuração no pescoço por um objeto cortante.

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Quando o crime aconteceu Gabriel era casado, mas teve um relacionamento extraconjugal com Antonieli por cerca de 10 meses. Em seu depoimento à polícia, o réu contou que teve uma crise de ansiedade depois de descobrir que a vítima estava grávida e por isso a matou.

 

Antonieli Nunes Martins — Foto: Facebook/Reprodução

Antonieli Nunes Martins — Foto: Facebook/Reprodução

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No domingo (23), um dia antes do julgamento, a defesa de Gabriel solicitou que ele não comparecesse ao plenário para participar da sessão de julgamento. O pedido foi acatado pelo Ministério Público de Rondônia e deferido pela Justiça do Estado.

De acordo com as normas do ordenamento jurídico brasileiro, o réu tem o direito de não comparecer pessoalmente ao processo e ser representado pelos advogados.

 

Adiamento do júri

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Desde que foi pronunciado pelo feminicídio de Antonieli e abordo do filho que ela esperava, Gabriel, por meio de sua defesa, entrou com diversos recursos, pedindo, por exemplo, a nulidade do depoimento que ele deu à polícia confessando o crime.

 

Nesse depoimento, o réu revelou em depoimento que imobilizou Antonieli Nunes Martins com um golpe de mata-leão, enquanto eles estavam deitados de "conchinha" na cama.

"Ela estava deitada no meu braço esquerdo, de costas pra mim, quando do nada dei um mata-leão, imobilizando-a também com as pernas. Ela se debateu e lutou contra a própria morte", relatou o suspeito no depoimento que o g1 teve acesso.

Os recursos do réu chegaram até o Supremo Tribunal Federal (STF), foram negados e o caso retornou para esfera estadual.

Durante a maior parte do processo, Gabriel foi defendido por uma advogado particular. No entanto, recentemente o advogado se retirou do processo e o réu passou a ter a Defensoria Pública como defesa.

O processo também passou meses paralisado depois que a defesa entrou com um pedido de avaliação psiquiátrica, alegando que Gabriel sofre de insanidade mental. Porém, o laudo final anexado ao processo indica que ele "tem total capacidade e discernimento para averiguar o que é lícito e ilícito".



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