Vilhena (RO), 10 de maio de 2025 - A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Vilhena, está conduzindo uma investigação sobre a falsificação e venda de um suposto suplemento alimentar à base de cúrcuma, que representa grave risco à saúde pública. O caso está sendo tratado com base no artigo 273 do Código Penal, que trata de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Segundo a investigação, o produto vinha sendo promovido como um suplemento natural e seguro, mas análises preliminares da Polícia Técnico-Científica constataram que os comprimidos contêm substâncias de uso controlado e até mesmo proibidas no Brasil.
Substâncias encontradas
Entre os compostos identificados estão:
- Sibutramina – utilizada no tratamento da obesidade, é um medicamento controlado cujo uso requer prescrição médica e acompanhamento. Entre os efeitos adversos estão taquicardia, insônia, crises de pânico, dependência química e até infarto e AVC.
- Clobenzorex – substância proscrita no Brasil, possui alto potencial de dependência e está associada a eventos graves, incluindo mortes.
Há ainda indícios de presença de corticosteroides, medicamentos anti-inflamatórios que, quando usados de forma inadequada, podem provocar ganho de peso acentuado, diabetes, fraqueza muscular, estrias, edema, hematomas fáceis e redistribuição de gordura corporal.
Riscos à saúde e alerta da polícia
A Polícia Civil alerta que o uso desse produto, mesmo ocasional, pode provocar sérios danos à saúde e até levar à morte. A comercialização do comprimido configura crime grave e está sendo tratada como prioridade pela Delegacia de Vilhena.
“Estamos diante de uma situação alarmante, onde um produto falsificado e potencialmente letal vem sendo vendido como suplemento natural. A população deve ficar atenta e evitar qualquer produto sem origem comprovada”, afirmou a autoridade policial responsável pelo caso.
Orientações à população
- Não compre medicamentos ou suplementos sem registro na Anvisa ou de procedência duvidosa, mesmo quando divulgados como naturais.
- Denuncie à Polícia Civil ou à Vigilância Sanitária caso tenha conhecimento da comercialização desses produtos.
- Quem fez uso do comprimido deve procurar atendimento médico imediato e informar o histórico de consumo.
A investigação segue em andamento com o objetivo de identificar todos os responsáveis pela produção, distribuição e venda do produto falsificado. Mais ações de fiscalização estão previstas nos próximos dias.
Fonte: noticiastudoaqui.com
