Brasília, 23 de abril de 2025 — A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (23) a Operação Sem Desconto, visando desarticular um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As investigações apontam que, entre 2019 e 2024, entidades teriam cobrado indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões de beneficiários.
A operação mobilizou aproximadamente 700 policiais federais e 80 servidores da CGU para cumprir 211 mandados judiciais de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária. As ações ocorreram no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Seis servidores públicos foram afastados de suas funções por determinação judicial, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de capitais.
As investigações revelaram que entidades realizavam descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários sem a devida autorização dos aposentados e pensionistas. A prática lesou milhares de beneficiários em todo o país.
Em coletiva realizada no Ministério da Justiça, o ministro Ricardo Lewandowski, o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, detalharam a operação e reforçaram o compromisso das instituições no combate à corrupção e à proteção dos direitos dos cidadãos.
A Operação Sem Desconto segue em andamento, com a expectativa de novas diligências e aprofundamento das investigações para responsabilizar todos os envolvidos no esquema.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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