Por Redação, 17 de junho de 2025 - A Polícia Federal (PF) encaminhou nesta terça-feira (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final do inquérito que investiga o suposto uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins políticos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento trata da chamada “Abin paralela”, uma estrutura que teria sido utilizada para espionar adversários políticos e espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Apesar das suspeitas levantadas ao longo da investigação, Jair Bolsonaro não foi indiciado pela Polícia Federal no relatório entregue ao STF. Mais cedo, veículos de imprensa chegaram a divulgar que o ex-presidente havia sido formalmente acusado, mas a informação foi posteriormente desmentida. O portal UOL confirmou no início da noite que o nome de Bolsonaro não consta entre os indiciados.
O esquema investigado teria funcionado durante o período em que Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, ocupava o cargo de diretor-geral da Abin. Ramagem, que é aliado de Bolsonaro e figura próxima ao núcleo político do antigo governo, está entre os investigados.
A apuração da PF aponta que a Abin teria sido instrumentalizada para realizar monitoramento clandestino de autoridades, jornalistas e opositores, além de contribuir com a disseminação de teorias falsas envolvendo urnas eletrônicas e o processo eleitoral. Os detalhes do relatório ainda não foram divulgados publicamente.
Em nota divulgada anteriormente, em janeiro, a Abin afirmou que é a "principal interessada na elucidação dos casos que envolvem a atuação da agência" e declarou que colabora com as investigações para assegurar a credibilidade do órgão.
O relatório agora está sob análise do Supremo Tribunal Federal, que decidirá os próximos passos do processo. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se apresentará denúncia com base nas conclusões da Polícia Federal.
Próximos desdobramentos
A expectativa é de que a divulgação completa do conteúdo do relatório traga mais clareza sobre a extensão do suposto esquema e os nomes envolvidos. Embora Bolsonaro não tenha sido indiciado neste momento, analistas políticos apontam que o avanço das investigações pode ter implicações futuras, tanto jurídicas quanto eleitorais, especialmente no contexto das eleições de 2026.
Enquanto isso, a oposição no Congresso já articula a convocação de Ramagem para prestar esclarecimentos em comissões temáticas da Câmara dos Deputados.
O caso marca mais um capítulo da crescente judicialização do legado bolsonarista e reforça o debate sobre os limites institucionais de órgãos de inteligência em regimes democráticos.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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