Redação, Porto Alegre RS, 26 de setembro de 2025 - O humorista Cristiano Pereira da Silva, conhecido no meio artístico como Cris Pereira — famoso por interpretar personagens como “Jorge da Borracharia” — foi condenado a 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão em regime fechado por crime de estupro de vulnerável. A decisão foi proferida pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), reverteu sentença de absolvição da primeira instância e refere-se a um episódio ocorrido em 2021, com vítima de apenas 3 anos de idade.

Trajetória e repercussão

Natural de Novo Hamburgo (RS), Cris Pereira possui cerca de 30 anos de carreira como humorista, ator, roteirista e radialista. Nas redes sociais, acumulava milhões de seguidores, e o personagem “Jorge da Borracharia” era presença constante em “A Praça é Nossa”, programa do SBT.

A notícia da condenação causou forte repercussão no meio artístico e no público. Agências de notícias destacam que a decisão em segunda instância derrubou a absolvição concedida em primeiro grau, o que torna o caso ainda mais dramático.

Defesa e reação

A defesa do humorista emitiu nota oficial afirmando que Cris Pereira foi absolvido em primeira instância “em razão da falta de provas quanto à existência do fato ou autoria”. Os advogados alegam que os laudos periciais “confirmaram a inexistência do fato” e que o processo transitou “sob segredo de justiça”. Ainda segundo a nota, os defensores pretendem recorrer da decisão às instâncias superiores.

Por outro lado, representantes da família da vítima comentaram que a decisão unânime do tribunal reforça “a gravidade de um caso emblemático de violência sexual”. As informações relativas à criança foram preservadas, como exige o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Caminhos jurídicos e possibilidade de prisão

Apesar da condenação em segunda instância, ainda cabe recurso — o processo pode subir para instâncias superiores — e, segundo especialistas, a possibilidade de execução provisória da pena (ou seja, prisão antes do trânsito em julgado) pode ser solicitada, embora dependa de decisão judicial.

Caso o pedido de prisão seja acatado em breve, Cris Pereira poderá ser preso enquanto ainda recorre da condenação.

Enigma de contrastes

O caso traz à tona um contraste extremo: um artista reconhecido no meio do entretenimento, com trajetória consolidada, agora enfrentando uma condenação por crime considerado dos mais graves. A complexidade do processo — com segredo de justiça, reviravolta nas instâncias e disputas em torno de provas — levanta debates sobre a credibilidade das instituições, a proteção da infância e a presunção de inocência até o fim do processo.

A sociedade e o meio jurídico acompanharão com atenção os próximos desdobramentos, enquanto este episódio marca uma ferida profunda no universo artístico e judicial.

Fonte: noticiastudoaqui.com