
Uma expedição de bicicleta pela Amazônia que prometia aventura se transformou em um encontro inesperado com a fauna selvagem. O ciclista bielorrusso Serge Buzo foi surpreendido por uma onça‑pintada enquanto pedalava pela BR-319 — rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). O momento de tensão, registrado em vídeo pelo próprio ciclista, rapidamente viralizou nas redes sociais.
O que aconteceu
De acordo com os relatos de Buzo, a onça surgiu da mata e o seguiu por alguns metros da estrada. Diante da proximidade do felino, ele recorreu a uma reação instintiva: ergueu a bicicleta para parecer maior, bateu nela com um facão e emitiu rugidos fortes na tentativa de intimidar o animal — tudo para evitar um ataque. Após alguns momentos de perseguição silenciosa, o ciclista conseguiu retomar o trajeto e se afastar com segurança.
Segundo biólogos ouvidos pela imprensa, o comportamento da onça não indicava uma caçada: felinos geralmente atacam silenciosamente. Ou seja, a aparição pública e o fato de “seguir” o ciclista sugerem mais curiosidade ou cautela do que agressividade intencional — embora qualquer aproximação excessiva por parte de humanos possa gerar risco real de reação defensiva.
BR-319 e a Amazônia
A BR-319 atravessa trechos remotos da Amazônia, com mata densa e grande presença de fauna silvestre — situações que tornam possível esse tipo de encontro, sobretudo em trechos não pavimentados e pouco transitados.
Para quem trafega pela rodovia — especialmente de bicicleta, motocicleta ou a pé — episódios assim reforçam a importância de cautela, respeito à natureza e preparação para emergências.
Especialistas afirmam que manter-se calmo, evitar movimentos bruscos, não correr e adotar posturas que indiquem “grande porte” (como abrir os braços ou usar bicicleta como barreira) pode ajudar a reduzir riscos em encontros com predadores.
Repercussão nas redes e alerta
O vídeo postado por Buzo viralizou rapidamente, gerando surpresa e medo, mas também despertando debates sobre a convivência entre humanos e a vida selvagem na Amazônia, especialmente em rotas como a BR-319. Para muitos, o episódio demonstra a vulnerabilidade de quem se aventura na floresta sem respaldo — e ao mesmo tempo revela o grau de coragem e presença de espírito de quem sobrevive ao inesperado.
Autoridades ambientais e especialistas em fauna alertam: a Amazônia é território de animais silvestres. O respeito aos habitats naturais, o planejamento de rotas, o deslocamento em grupo sempre que possível e o uso de segurança adequada (barreiras visuais/sonoras, alertas, equipamento de proteção) devem ser prioridades para quem opta por explorar a região de forma independente — especialmente em trechos isolados.
Fonte: G1